PRESENÇA DE ANTENOR NASCENTES[1]

Celso Cunha (UFRJ e FAHUPE)

 

Conhecemos o Professor Antenor Nascentes em 1935, quando iniciávamos o magistério do Colégio Pedro II. A publicação do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa[2] lhe permitira o ingresso no restrito grupo dos filólogos, de que eram membros efetivos, reconhecidos pacificamente, apenas Said ali, Augusto Magne e Sousa da Silveira.

Ao contrário do que observamos hoje, o título de filólogo representava ao tempo o maior galardão que podia almejar um estudioso do idioma em Portugal e no Brasil. Classificação pejorativa, por excelência, era a de gramático, aplicada não só aos descritivistas e aos puristas, mas – um tanto injusta e indiscriminadamente – aos oficiaisi do mesmo ofício que não pertenciam ao pequeno círculo de nossas admirações. Lingüistas, não os havia de nacionalidade portuguesa ou brasileira. O primeiro que recebeu o título – e justamente – foi Mattoso Câmara Jr. Mas isso na década de 40, depois da publicação dos eus Princípios de Lingüística Geral.[3]

Em 1937, quando ingressamos na inesquecível Universidade do Distrito Federal – o belo e malogrado sonho de Anísio Teixeira – apenas Ferdinand de Saussure e Antoine Meillet, entre os autores do dia, tinham o status de lingüistas, porque lingüistas para nós era aquele que estudava a língua como um fato social, comparável à religião, à moral e às regras do Direito. Ensinavam-nos mesmo que o Cours de Linguistique Générale, de Saussure, e a Linguistique Historique et Linguistique Générale, de Meillet, exigiam para o seu melhor entendimento a prévia leitura das Régles de la Méthode Sociologique, de Emile Durkheim. Também lingüistas se consideravam os neogramáticos, dos quais só conhecíamos Karl Brugmann, cuja versão francesa da Kurze vergleichede Gramatik der indogemanischen Sprachen servia de livro texto no ensinamento do Professor José Oiticica, titular de Lingüística, ele mesmo classificado pelo grupo de seus fiéis admiradores como filólogo, e como simples gramático pelos que não se deixavam seduzir por suas idéias, não raro originais (e algumas delas de plena atualidade), mas enunciadas sempre de forma um tanto dogmática.

As outras admirações que cultivávamos eram filólogos.

Georges Millardet, membro da notável Missão enviada pela França naquele ano decisivo de nossa formação – que também nos trouxe Eugène Albertini e Albert Cherel - foi o primeiro grande romanista que vimos de carne e osso. Antenor Nascentes, que então iniciava entre nós o ensino regular da Filologia Românica, muito emocionado, saudou-o em francês, chamando-lhe filólogo exemplar, a ele que se revelara principalmente um exímio cultor e crítico da dialetologia e que, voltando à Sorbonne, deixaria também nome e fama de sua indomável bravura na cátedra durante a ocupação alemã.

Filólogo era Leite de Vasconcelos, santo de nossa particular devoção, sábio entre os sábios, como nos inculcava Sousa da Silveira, e cujas Lições de Filologia Portuguesa todos os companheiros daqueles saudosos tempos – Antônio Houaiss, Antônio de Pádua, Crisanto Martins Filgueiras e Olavo Nascentes – tínhamos por breviário, que devia ser conhecido em todas as minúcias.

Do grupo excepcional que introduzia a filologia científica (hoje diríamos a lingüística) em Portugal, só ele vivia ainda. Júlio Moreira, seu mestre, falecera em 1911; Gonçalves Viana, em 1914; Epifânio Dias, em 1916; Adolfo Coelho, em 1919; Sebastião Dalgado, em 1922; Carolina Michaëlis, em 1925; Antônio Augusto Cortesão, em 1927; José Joaquim Nunes, em 1932. Até aquele que deveria assumir as suas responsabilidades, João da Silva Correia, o discípulo de inteligência agudíssima, morreria naquele ano de 1937.

De Leite de Vasconcelos tudo nos interessava: a vasta obra, que líamos com sofreguidão; e a vida, sobre a qual tecíamos livremente a fantasia.

Particularizando. Recordo-me perfeitamente da enorme decepção que tive, quando soube, por boca do Professor Urbano Canuto Soares, que D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos não havia sido sua mulher e, sim, de um Dr. Joaquim de Vasconcelos, que sofria das faculdades mentais. Só bem mais tarde o Dr. Joaquim de Vasconcelos cresceria a meus olhos como o grande historiador da arte portuguesa, que realmente foi.

Leite de Vasconcelos – apuramos então – era um celibatário que vivia entre gatas.

"São duas gatas toda a domus mea,

Não tenho neste mundo mais ninguém,"

versejaria. Uma delas, Dona Loba, seria mesmo celebrada num artigo do Conde Francesco Pellati: "I libri, i fiori e Donna Loba si dividono il suo animo."[4]

Ser filólogo era, pois, de todos nós a maior aspiração. Como Leite de Vasconcelos, nossos mestres Sousa da Silveira e Antenor Nascentes honravam-se com a titulatura, da qual também se orgulhava Unamuno, que definira a filologia:

"Amor a la palabra creadora".

Hoje talvez a denominação se aplique melhor a Sousa da Silveira. Leite de Vasconcelos e Antenor Nascentes seriam antes lingüistas pelos temas idiomáticos de sua preferência e pelo modo de enfocá-los.

Infatigável no trabalho, Nascentes estendeu a sua, curiosidade por campos variados. Traduziu e editou obras consagradas, escreveu livros de viagens e de teoria musical, mas, examinando em conjunto a sua apreciável bibliografia, vemos que a parte mais valiosa corresponde às três preocupações permanentes de sua vida científica: o estudo do léxico da língua portuguesa, no seu aspecto formal, semântico e histórico; a recolha e descrição dos falares brasileiros; e a modernização do ensino do idioma.

Do ponto de vista estritamente lingüístico, o seu primeiro trabalho foi a tese de concurso para provimento da cátedra de espanhol do Colégio Pedro II – Um Ensaio de Fonética Diferencial Luso-Castelhana: Dos elementos gregos que se encontram no espanhol. (Rio de Janeiro, 1919).

Relidos hoje, cinqüenta e cinco anos depois de publicados, os dois estudos que aí se contêm (na realidade três, já que o primeiro termina por um ensaio relativamente autônomo: a recolha e a análise de 324 empréstimos espanhóis em português), relidos hoje, dizíamos, esses estudos nos dão uma clara idéia da atualização lingüística de Nascentes ao tempo e revelam também uma das suas qualidades mestras: a capacidade de síntese.

"De fato sou sintético", admitiu numa entrevista. "É esta uma feição do meu espírito, da qual não me posso desfazer."[5]

Nesse trabalho de 1919, Nascentes discute certas questões teóricas. Entre elas os conceitos de lei fonética, de analogia e de dialeto.

Com referência à analogia, toma posição contra a dominante doutrina dos neogramáticos, em termos claros:

Com todo o respeito que nos merece a escola dos neogramáticos onde se encontram vultos com Brugmann, Osthoff, De Saussure, Victor Henry, Gustav Meyer, não podemos concordar com esta quase onipotente influência da analogia; há um exagero nisso.[6]

Essas palavras serão melhor valorizadas se levarmos em conta que a 5ª edição dos Prinzipien der Sprachgeschichte, de Hermann Paul, a edição "ne varietur" do breviário dos neogramáticos, é de 1920.

Também nessa obra já vemos um Nascentes possuído do "demônio da etimologia" e preocupado com os problemas dialetais, os campos lingüísticos que à sua vista se estendiam imensos e incultos.

Com O Linguajar Carioca em 1922 começa a sua atitude dialetológica, pioneira e aliciadora, da qual a última contribuição de monta são os dois fascículos das Bases para a Elaboração do Atlas Lingüístico do Brasil (1958-1962), obra por que, confessadamente, se orientou Nélson Rossi na fixação do número de localidades que iriam ser objeto de estudo no seu Atlas Prévio dos Falares Baianos.[7]

Dentro do campo dialetológico uma questão particularmente o preocupava e sobre ela externou opiniões bem diversas – a do estatuto lingüístico do português do Brasil.

Em 1922 aceitou a classificação de dialeto, dada por Leite de Vasconcelos, e admitiu a existência no País de quatro subdialetos: o nortista, o fluminense, o sertanejo e o sulista.

Na 2ª edição de O Linguajar Carioca, publicada em 1953, retifica-se ao afirmar: "Com o progresso da ciência, não é mais possível hoje em dia aceitar a denominação dada por Leite de Vasconcelos."

E, adotando conceitos discutíveis de Paiva Boléo, passa a denominar a nossa forma expressiva em seu conjunto falar brasileiro, que divide em seis subfalares, distribuídos por dois grandes grupos, os do norte e os do sul.

Parece que entre os anos de 1926 e 1930 a sua posição em face do problema era mais radical, pois declara em 1929: "Refletindo bem sobre a língua que falamos, não tive coragem de chamar-lhe portuguesa. Daí o intitular a minha série O Idioma Nacional"[8].

A propósito dessa questão ainda muito enevoada, cabe ponderar o seguinte: quando, em fins do século passado, Leite de Vasconcelos chamou "dialeto brasileiro" à modalidade assumida pelo português na América[9], orientou-se pelo parentesco historicamente condicionado entre o português básico, originário, e suas formas ultramarinas. Numa época em que a ciência só se interessava pelos fatos lingüísticos em sua história, a classificação genética de Leite de Vasconcelos justificava-se plenamente.

Hoje, porém, com os progressos da dialetologia românica e, particularmente, da dialetologia hispânica, o emprego do termo dialeto para designar o espanhol e o português americano em seu estado atual é não só perturbador, mas carece de apoio científico. Numa contrapartida nacionalista, poderíamos ser tentados – e alguns já o foram – a considerar também dialeto a modalidade européia em seu conjunto, o que, como pondera Manuel Alvar, é um contra-senso, e implica a confusão das noções de língua e dialeto, necessariamente distintas.[10]

Vem a propósito recordar os argumentos convincentes com que, no X Congresso Internacional de Lingüística e Filologia Românica, o professor Gueórgui Stepanov, da Universidade de Leningrado, mostrou o desarrazoado da aplicação de tal terminologia ao espanhol americano.[11]

Em primeiro lugar, lembra Stepanov (e isto não sofre dúvida), o termo dialeto evoca a "idéia de dependência (mais unilateral que recíproca) entre o dialeto, modalidade lingüística tida como inferior, e o idioma nacional, concebido sempre como a síntese superior."

Ora, quanto ao português e ao espanhol, ninguém mais contesta, "à bon droit", a existência, em cada caso, de uma comunidade lingüística ibero-americana. Também não se pode negar que as modalidades americanas do português e do espanhol, que forjam e continuam forjando suas próprias normas, inclusive no campo da expressão literária, devem qualificar-se como objetos sociolingüísticos especiais, em certo sentido autônomos, que coexistem nos limites da referida comunidade lingüística, sólida, mas não estática, antes de acentuado dinamismo evolutivo.

A esse novo objeto sociolingüístico Stepanov dá o nome de variante, denominação (e folgamos em dizê-lo) que já vinha sendo aplicada, com a mesma finalidade, pelo Professor Aires da Mata Machado Filho.

Para Stepanov,

A diferença básica do valor metodológico entre o dialeto e a variante consiste em distintos modos de funcionamento social: o primeiro (o dialeto) é utilizável só por uma parte da comunidade humana no seio da nação: a segunda (a variante) é o instrumento usado pela nação inteira.

Sob este aspecto todas as variantes são paritárias, e as peculiaridades da variante peninsular podem também qualificar-se como "desvios" (iberismos) em comparação com particularidades lingüísticas americanas (americanismos).

Acontece, porém – e são ainda palavras de Stepanov –, que o prestígio da protovariante peninsular condiciona uma situação especial entre as variantes paritárias e leva ao dualismo das normas e à realização assimétrica delas na variante americana.

Esta é, a nosso ver, a primeira distinção que as duas variantes nacionais da língua portuguesa apresentam em sua forma culta: a vigência de uma norma em Portugal; no Brasil, a ocorrência de dualidade ou de assimetria de normas, com predominância absoluta da norma portuguesa no campo da sintaxe, o que dá a aparência de maior coesão entre as duas modalidades idiomáticas, principalmente na língua escrita.

Mas retornemos ao Mestre Antenor, como carinhosamente a ele se referia Serafim da Silva Neto.

Dialetólogo eminente e autor consagrado de uma série didática em sujas páginas arejadas estudou a nossa geração, vai ele projetar internacionalmente o seu nome com a publicação do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, ainda hoje uma das pedras angulares da cultura brasileira.

E aqui nos permitimos repetir considerações feitas em outras oportunidade.

Em 1932, num Brasil ainda sem Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, sem bibliotecas públicas especializadas e sem editores para obras de vulto, o Professor Antenor Nascentes publicava o seu Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, fruto de vinte anos de ininterrupta pesquisa.

Do valor da obra, honrada com um elogioso prefácio do insigne Meyer-Lübke e compreensivamente recebida pelos romanistas, falam, com sóbria eloqüência, estas insuspeitas palavras do ilustre Professor Giacinto Manuppella, escritas dezoito anos depois de sua publicação:

Pareceu-nos oportuno fixar como terminus a quo  a publicação do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antenor Nascentes, o qual, embora não tenha recebido as elucidações do REW³, ainda por publicar, constitui no entanto um padrão notável na história dos estudos lingüísticos luso-brasileiros, não só por ser trabalho de vulto, como também (e talvez por isso mesmo) por ter ocasionado investigações ulteriores, suscitando críticas, discussões, correções, discordâncias e aditamentos.[12]

Continuando as suas investigações no campo da etimologia, o Professor Antenor Nascentes acrescentou, em 1952, um segundo volume à obra, este concernente aos nomes próprios.

No prefácio que para ele escreveu, assim se expressou, quanto ao mérito, o saudoso Professor Serafim da Silva Neto:

Essa obra honra a Ciência brasileira. Dará, no estrangeiro, a certeza de que entre nós, como em campo fértil e fecundo, cresceu e se desenvolveu a semente da Ciência européia.

A sua importância não se restringe aos estudos filológicos e lingüísticos, mas abarca área muitíssimo maior: interessa, igualmente, aos historiadores e aos geógrafos, pela cópia imensa de materiais e informações que aduz[13].

Ainda nessa área de interesse, a exemplo de outros lexicógrafos ilustres, deu-nos o Professor Nascentes, em 1966, o Dicionário Etimológico Resumido, para a qual a instâncias suas, escrevemos o prefácio.

De suas árduas pesquisas no campo do léxico ficaram outras contribuições importantes, como o Dicionário de Sinônimos, A Gíria Brasileira e, principalmente, a vigorosa síntese que é o Dicionário da Língua Portuguesa, elaborado a convite da Academia Brasileira de Letras, obra que, estamos certos, sempre atualizada e aperfeiçoada em futuras edições (porque um dicionário é, antes do mais, uma obra "in fieri"), há de perpetuar o seu nome pelos tempo adiante.

Muito haveria ainda que falar da sua abundante e qualificada produção lingüística e filológica. Mas paramos por aqui. A releitura de suas obras veio aguçar a saudade de alguns momentos bem vividos e fez-nos sentir fundo o que lhe ficamos a dever. Essa gratidão – agravada em nosso caso por naturais emoções que brotam do privilégio de nos havermos beneficiado longo tempo do seu afeto paternal – devemo-la todos os que puderam conhecê-lo em sua grandeza.

É um sentimento muito intenso, porque uma lição permanente.

Na sua área do saber ele nos servia de exemplo. Era o nosso orgulho, o nosso abrigo. Com ele todos aprendemos que não há fulgores da inteligência que possam substituir o trabalho metódico, a pesquisa minuciosa, em qualquer construção honesta no terreno científico. "À pressa opunha a perseverança; à facilidade, o suor prolongado para algo firme; às notas que se perdem preferia o fichário que fica, que não se esquece, que não se engana"[14]. E foi essa pertinácia que lhe permitiu, menino paupérrimo, filho de um dos mais humildes serventuários da Alfândega do Rio de Janeiro, que não lhe podia dar mais que o mínimo indispensável para o transporte do Colégio, e cujo tostão da volta economizava para comprar livros, foi essa férrea vontade de vencer que o levou, aluno gratuito do Colégio Pedro II, a nunca perder o assento no banco de honra numa turma excepcional, de que faziam parte os nomes que também se aureolaram de Sousa da Silveira, de Artur Moses, de Manuel Bandeira.

Ao término de uma longa vida (1886-1972), inteiramente devotada à Ciência, o Professor Antenor Nascentes teria o direito de exclamar, aplicando ao seu campo de atividade a célebre frase de Herculano:

"Fui um homem que quis nas coisas lingüístico-filológicas".

São exemplos como este – já escrevemos uma vez – que nos fazem confiar na grandeza dos nossos destinos no hemisfério americano e no mundo de amanhã. Arquitetos que temos sido, através dos tempos, de nosso edifício interior e exterior, sabemos, por larga e penosa experiência, que criar uma pátria e dar-lhe projeção é tarefa que depende principalmente, ou melhor, exclusivamente do nosso esforço. É, pois, natural que nos orgulhemos, ao alongarmos a vista pelo áspero caminho percorrido, do muito que realizamos desde que o advento da nacionalidade pôs termo àqueles séculos sombrios em que vivíamos emparedados na imensa "colônia de analfabetos", de que fala Caio Prado Júnior, sem imprensa, sem universidade, e onde os raros estabelecimentos de ensino existiam por milagre de alguns religiosos, especialmente dos jesuítas. Mas o exame da obra realizada pelo Mestre em condições ainda muito precárias convida-nos a pensar no que poderia ser atualmente a lingüística brasileira se tivéssemos tido mais cedo as nossas Faculdades de Letras e em cada uma delas uns poucos Antenor Nascentes, com o espírito sempre aberto aos progressos da ciência, a orientarem e a animarem os seus alunos de acordo com as inclinações pessoais, como em toda a sua vida ele invariável e exemplarmente soube fazer[15].

A maior homenagem ao seu magistério não será, pois, a de nos atermos a elogiar-lhe a vida e a obra, mas a de seguirmos a lição de tenacidade do seu labor e não deixarmos passar um só dia sem lermos uma página, sem escrevermos uma linha, sem reforçarmos nossa fé, aquela fé, aquela fé inabalável que ele possuía numa vida sempre orientada para a frente, numa ciência sempre em progresso, num mundo sempre melhor.


 


 

[1] Artigo extraído de Romanitas : revista de cultura romana (língua, Instituições e Direito). In honorem Antenor Nascentes, Anos XV-XVI, vols. 12 e 13, p. 43-54.

[2] Rio de Janeiro, 1932.

[3] Rio de Janeiro, F. Briguiet & Cia., 1941.

[4] Artigo publicado no Giornale d'Italia, de 10 outubro de 1930, e reproduzido na revista Portucale, n° 19. vol. IV, 1931, p. 50. Há no artigo mais duas referências a Donna Loba, descrita como "una graziosa gattina nera che è la vera dispotica padrona di quella casa".

[5] Jornal do Commercio de 10 de novembro de 1929. Trecho citado por Zdenek Hampl na sua excelente biografia intelectual de Antenor Nascentes: "Uma grande figura na lingüística brasileira", in Acta Universitatis Carolinae - Philologica, n° 1, 1971, p. 157.

[6] Obra cit., p. 12. Note-se a simples inclusão de Saussure entre os nomes de proa dos neogramáticos. Até então a celebridade do mestre genebrino advinha principalmente de ser o precoce autor da Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo-européennes (Leipzig, 1879), considerada "le plus beau livre de grammaire comparée qu'on ait écrit" (Meillet). O Cours de Linguistique Générale, publicado por seus discípulos em 1916, durante a 1ª Grande Guerra, só teve irradiação maior, fora da Europa, depois a 2ª edição (Paris, Payot, 1922).

[7] Vj. Nélson Rossi. Atlas Prévio dos Falares Baianos. Introdução. Questionário comentado. Elenco das respostas transcritas. Rio de Janeiro, INL, 1965, p. 21.

[8] Jornal do Commercio, de 10 de novembro de 1929. Trecho também incluído por Zdenek Hampl no artigo citado na nota 4, p. 150.

[9] Vj. "Tradições populares e dialeto do Brazil". In Revista de Estudos Livres (Lisboa, 1884), pp. 408-417 e 459-473. É também a clasificação que adota na Esquisse d'une dialectologie portugaise, Paris-Lisboa, 1901, pp. 158-162.

[10] Vj. "Hacia los conceptos de lengua, dialecto y hablas". In Nueva Revista de Filología Hispánica, XV, México-Austin, 1961, pp. 51-60.

[11] Vj. "Algumas cuestiones metodológicas del español americano". In Actele celui de-al XII-lea congress international de linguistica si filologie romanica. II Bucareste, 1971, pp. 1165-1167.

[12] Os Estudos de Filologia Portuguesa de 1930 a 1940. Subsídios bibliográficos. Lisboa, 1950, p. 5.

[13] In Antenor Nascentes. Dicionário Etimológico da Língua Portuguêsa. Tomo II (Nomes Próprios). Rio de Janeiro, 1952, p. VII.

[14] Vicente García de Diego. "D. Ramón Menéndez Pidal". In Boletín de la Real Academia Española, XLVIII, Madrid, 1968, p. 347.

[15] In Antenor Nascentes. Dicionário Etimológico Resumido. Rio de Janeiro, INL, 1966, p. IX.