UMA ANATOMIA DO CARÁTER
EM TORNO DA VERDADE
SOBRE A EDUCAÇÃO NESTE PAÍS

Alex Swander[1]
(EMFA, UNIVERSO, CIEP F.M.)

 

O Professor, no princípio, era o verbo:
O caminho, a verdade e a vida.

Depois,
Humilhando-se,
Tornou-se o Cristo:

E O VERBO tomou corpo,
tornou-se passivo
etc., etc., etc..

(José Pereira da Silva)


 

Este artigo, então, tem a ousadia de apresentar aquilo que muitos sabem mas, em nome da demagogia e da hipocrisia dogmática, acabam legando ao silêncio além do que a verdade vem sendo aprisionada na cortina do esquecimento. Durante séculos, a educação neste país vêm sendo marcada por “idéias mirabolantes e projetos insólitos”, onde figuram os mais diversos epítetos e as mais torrenciais e pretensiosas hipérboles. Muito já foi dito e escrito, todavia não posso ser conivente com a mediocridade em torno do “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”, até porque seria como vender-me integralmente àquilo que chamo “projeto de imbecilização nacional”, haja vista que, há séculos, existem aqueles que vêm perpetuando um processo que visa tornar os nossos filhos o mais medíocres e desgraçados possíveis, incutindo-lhes delírios de injustificada grandeza, sentimentos de culpa e tolhendo-lhes a capacidade de pensar de maneira crítica.

Durante muitos anos, acreditei em uma gama de pensamentos plasticamente muito bonitos. Eu diria até por demais ROMÂNTICOS no sentido mais literal da palavra, onde cheguei a registrar em meus trabalhos e até em meus pronunciamentos de formatura, na condição de paraninfo de meus alunos o seguinte: muito mais que tocar mentes, o verdadeiro trabalho do professor é tocar corações, pois até o mais embrutecido dos corações pode ser tocado pela sinceridade do amor. Não desejo que minhas palavras sejam erroneamente interpretadas, reduzindo-me a um “recife de sonhos mortos”, até porque é a capacidade de sonhar que torna a espécie humana extraordinária e fascinante para Deus. Devo, todavia, externar que muito de meu desvario inicial se perdeu. Na aurora de meus dias como professor, cultivei sonhos irrealizáveis, onde a escola, de um modo geral, poderia ser transformada em um lugar diferente e os nossos alunos, ao chegarem à Sexta-feira, bradariam: “ah, que pena que a semana acabou! Agora, só Segunda-feira!”. Se é verdade que educar uma criança é o que há de mais importante em um país e que educar um homem é “dissipar capitais e preparar dores à sociedade”, posso deduzir que a educação é a condição fundamental e suprema para o exercício da cidadania; palavra esta tão desgastada pela falácia de políticos corruptos que encontram na educação o mote de suas campanhas e o marketing político perfeito! Então, eles proclamam que educar um homem é dissipar capitais de dúvida e romper grilhões expugnantes.

A escola existe para garantir as condições essenciais para que um povo siga em sua marcha histórica rumo ao progresso e não servir de curral eleitoral e tampouco de aparelho que legitima uma ordem social cada vez mais injusta. A universidade que deveria, por excelência excelsa, ser o espaço de construção de novas tecnologias de ensino, acaba sendo sucateada e reduzida aos escombros. É também uma lástima ver que até o alunado do ensino superior já resplandece em si a condição de cega-rega. O que dizer de turmas que estão mais preocupadas com a nota da prova do que propriamente com o real aprendizado? O que dizer de alunos já escravos da “Pedagogia do ôba-ôba, perdoem-me pela expressão infame”, contestando arbitrariamente e jogando um bom professor nas fogueiras da inquisição na própria universidade? É preciso ter cuidado com os excessos e as falsas verdades que nos foram vomitadas ao longo do tempo. Um problema muito grave que existe na universidade brasileira é que, com poucas exceções, os nossos alunos não estão preparados para pensar livremente. Se de um lado o professor demagogo levanta esta bandeira em sala de aula, por outro é ele próprio que, em seu processo de avaliação, irá de encontro a tudo o quanto propala revolucionariamente em suas aulas. Talvez seja exatamente por esta razão que o aluno acaba demonstrando um grande ceticismo em relação ao fazer metodológico de professores que buscam a ruptura com a tradição. O que é lamentável, posto que isto vai apenas alargando o abismo que há na relação professor-aluno. Lembro-me de um caso em que o professor esteve afastado por motivos de saúde e que, tão logo retornando, era chegado o período das provas. Sua atitude: desenvolver um questionário segundo os patamares que estariam no formato da prova e, após criteriosa e interativa correção, poderia deixar o aluno razoavelmente calçado para a prova. Resultado: o professor foi inquirido e humilhado pela coordenação da instituição que, não respeitando-lhe o direito de cátedra, valeu-se de “uma denúncia” de um aluno que criminosamente levantou o seguinte falso testemunho: “o professor entregou o gabarito da prova”. Ridículo, não? Um excelente profissional sendo enredado por uma teia de intriga e que se viu na iminência de ser sumariamente demitido. Qual foi o seu crime? Talvez o de ser diferente de outros professores que, em situações adversas, não se preocupando com os seus alunos, simplesmente se utilizam da prova que já havia digitado no início do semestre, supondo que todo o conteúdo seria ministrado. Este tipo de professor raramente é punido. Bem pelo contrário; é celebrado e recebe sempre as melhores oportunidades de ascensão na instituição.

Além de tudo o que venho enumerando, é preciso entender que o formato de avaliação deveria ser mudado; ao invés de estabelecer uma relação bilateral calcada por perguntas pré-estabelecidas e respostas pré-concebidas, o mais plausível seria o estudo problemático de casos, onde o aluno se depara com uma situação e deve lançar mão de todas as hipóteses possíveis, a fim de se encontrar a verdade. Cada hipótese sendo exaustivamente testada e esgotada, abriria espaço para o enxergamento de um novo horizonte e a aprendizagem seria mais consistente e real, posto que tal ruptura com certos paradigmas seria crucial na construção do conhecimento e da autoconfiança. Enfim, um formato diferenciado de avaliação, onde não existiria a instituição tradicional da prova que nada mais é senão um retrato congelado no tempo e espaço.

Hoje, pesarosamente, vejo o Magistério “com outros olhos”. Não que eu tenha me tornado um pessimista; um arremedo de teorias revoltosas contra o sistema, chocando-me contra a parede, mas a verdade é que não há mais espaço para teorias utópicas de pedagogos celebrados quão fossem grandes heróis por uma nação desesperada à procura de líderes e mártires. Acredito que os nossos verdadeiros heróis estão entre aqueles que a tradição simplesmente ignora, pois não tendo a mídia acadêmica ou o poder político, qual é o sentido que haveria em venerar tais pessoas? Em verdade, dou fé quando escrevo que entre nossos verdadeiros heróis figuram aqueles professores que, mesmo sabendo ser inverossímil muito do que dita o pensamento da nova pedagogia, ainda assim continuam a doar diariamente o seu sangue misturado ao sabor de suor e giz por entre intervalos intermitentes de goles de café.

É lamentável que a educação neste país esteja relegada ao patamar da mediocridade, o que não me surpreende, até porque um povo letrado representa um perigo para o político demagogo e, sobretudo, aos pseudo-doutores da educação – estes senhores glutões – que gerenciam as redes pública e particular de ensino por detrás de uma enorme mesa entronizada em uma sala confortabilíssima situada em um prédio bem bonito num bairro nobre. Chego a cismar comigo, então: acaso tamanho conforto não acaba degenerando o caráter, atrofiando a ética e fazendo com que essas pessoas se esqueçam de seu real compromisso com a verdade? Ora, o poder corrompe facilmente o homem! Se este lhe vem como um dote, acaba fomentando ainda mais o processo de sucateamento moral; se antes professor, mas agora promovido a um cargo excelso, esquece-se facilmente de tudo o que pregava enquanto militante da verdade.

De fato, o poder transforma a sociedade, mas não há poder maior do que a verdade e em nome dela cada um de nós tem um preço a ser pago, até porque ela, assim como o bem e o mal, não obstante, é uma questão de ponto de vista. Enxergá-la em todos os seus aspectos é uma arte, um dom, uma maldição! Eu estou pagando o mais alto preço, pois, hodiernamente, um pouco de mim vai morrendo e, não mais me vendo como tal, deixo-me ser levado pelo sabor da lembrança de quando eu era mais ingênuo a ponto de acreditar nas aulas de Didática ministradas na Universidade e nas Utopias concebidas pelos grandes mestres que tanto me embalaram a alma e acalentaram o meu sonho lindo! Hoje, tudo é diferente. Não consigo mais acreditar na fantasia de outrora e, por isso mesmo, parafraseando o que alguém já escreveu: Ah, a ignorância é doce!. Sim, ela é! Queria poder reencontrar a criança perdida e com ela rever o meu passado. Tudo era lindo: os pássaros voando em manhãs ensolaradas de verão, as estações bem definidas, as crianças indo para a escola e eu indo para a Universidade, ávido pelas aulas de didática, Filosofia da Educação, Pedagogia. Enfim, ansioso para cear o banquete da educação junto aos grandes mestres... Ah, como era era ignorante! Como eu era feliz!

É com um doloroso pesar que escrevo este artigo que, certamente, mal interpretado por uns ou até por ferir os sentimentos de quem é escravo da utopia tal como eu fui um dia, poderá me trazer enormes aborrecimentos. Todavia, não recearei quanto a essas coisas, pois é necessário descerrar as cortinas desse palco de hipocrisias. O que devo dizer aos professores que estou formando? Deixem o Magistério! Salvem suas almas! Bem, dizer estas coisas não seria certo, até porque as pessoas precisam construir a sua identidade profissional a partir de todos os aspectos concernentes à verdade. Neste sentido, tanto a utopia quanto o desmascaramento da realidade são importantes. O futuro professor deverá escolher por si mesmo, porém pautado nas duas realidades e não no unilateralismo.

Confesso que na condição de professor Universitário, pesquisador, militante dos congressos da Academia e professor das redes pública e particular de ensino, e mesmo portando um magnífico currículo, onde até premiações pela Academia Brasileira de Letras encontram-se registradas, não consigo mais acreditar em muitas das coisas que escrevi e publiquei acerca da educação. Enquanto cientista, devo ser frio e descartar as hipóteses nulas. Enquanto cientista, devo buscar a veracidade dos fatos através de estratégias empírico-analíticas a partir da constituição de um corpus factual. É exatamente neste momento que o cientista perde espaço para o ser humano, na instância de que a frustração, a incerteza e a sensação de fracasso começam a imperar, haja vista que a situação do professor no Brasil é por demais caótica; somos dia após dia amputados no espírito e profanados em nosso mais sagrado direito de termos assegurada a reedificação de nossa dignidade profissional. Sei, também, que é um modismo comparar o nosso sistema escolar com o de outros países, mas também sei que tudo isso não passa de pura propaganda dos demagogos; os mesmos que, há bem pouco tempo, estavam protagonizando todo tipo de campanha contra a Universidade particular neste país. Não nos custa lembrar da enxurrada de material televisivo e das mais diversas mídias, onde uma “quase fogueira de inquisição” estava sendo ateada contra todos os profissionais da rede privada do ensino superior. Todo esse “terrorismo acadêmico” tinha como único objetivo “desmoralizar” a universidade particular”.

Não estou fazendo apologia a nada e tampouco tenho a pretensão de discutir o “esquerdismo de meia pataca” que cegou os olhos das pessoas por ocasião desse processo, todavia não custa reavivar a lembrança acerca da triste condição enfrentada, também, pela Universidade pública no Brasil, quando inúmeros programas de pesquisa deixam de existir face aos cortes de verba. Céus, onde iremos parar? De um lado, temos a campanha ainda latente de desmoralização da Universidade particular; do outro, o sucateamento da Universidade pública. Gloriosos eram os tempos em que o estudante dispunha de tempo e verba para custeio de suas pesquisas científicas nos cursos de Mestrado e Doutorado, quando, de fato, havia a manutenção das condições necessárias para o fomento da pesquisa como mecanismo insubstituível no exercício constante do aperfeiçoamento profissional! Hoje, lamentavelmente, os cursos lato e stricto sensu, na maioria das vezes, acabam sendo “cursos profissionalizantes de luxo”.

Vivemos, todavia, uma espécie de paradoxo acadêmico. Só para que se tenha uma idéia acerca do que postulo, informo que, no ano de 2005, saiu o Edital de um Concurso Público (cujo nome não revelarei por razões éticas), onde as exigências eram enormes, devendo o profissional estar capacitado para executar atividades em equipe multiprofissional com domínio de Língua Portuguesa, ministrar conhecimentos das Ciências da Linguagem, da Sociologia e do Direito Internacional, dominar conhecimentos gerais e pedagógicos, estar habilitado para a pesquisa, análise, coleta, seleção e avaliação de dados e informações concernentes às Ciências Humanas, promover a interface entre as mais diversas áreas do conhecimento, elaborar comunicações nacionais e internacionais, orientar pesquisas e direcionar diretrizes logísticas, ter dinamismo para a efetivação de novas metas, gerenciar e avaliar o desempenho das atividades do grupo.

Tamanhas exigências podem soar inverossímeis diante da problemática enunciada no parágrafo anterior. Vivemos o advento do imediatismo da informação, o que justifica, em parte, a proliferação de mestres e doutores forjados por um mercado que busca não a qualidade, mas a quantidade. Desta forma, estamos assistindo a um número cada vez mais crescente de “pobres degredados” pseudocientistas proliferando no cenário acadêmico e muitos deles não sabem sequer a diferença entre “compartilhar conhecimento e mostrar conhecimento”; são escravos da ilusão de auto-suficiência e alargadores do preconceito lingüístico que se encarregará de garantir o crescimento do pior de todos os professores: “o pseudo-avaliador”; aquele que estufa o peito com júbilo e regozijo para sustentar bobagens calcadas na mediocridade de sua curta visão periférica e incapaz de ler a realidade por além da janela do banheiro. Infelizmente, este tipo de criatura é cada vez mais presente em nossos organismos institucionais e, de certa forma, ele acabará, também, fomentando o pior de todos os analfabetos: o analfabeto político (cf. BRECHET). Pessoalmente, penso que se tal quadro apocalíptico e caótico não for mudado, estaremos deixando um péssimo legado para a posterioridade, de forma que os nossos fracassos justificarão todas as “maldições” que estão sendo deixadas para as gerações vindouras e, assim sendo, se não mudarmos desde já esse quadro de insalubridade acadêmica, somente a História nos julgará!

Como podemos perceber, vivemos a “apoteose do caos”. Antes fosse um caos construtivo! A realidade, todavia, não é assim! Ao mesmo tempo em que escrevo estas coisas, não posso deixar de ser crítico comigo mesmo, até porque direta ou indiretamente sou mais uma vítima de todo este processo e, por mais contraditório que pareça, acabo sendo conivente com todo esse quadro de insalubridade e inércia crítica, quando penso em desistir de acreditar no poder de um sonho e na força de um ideal. Às vezes, chego a cismar comigo em meu pesar: acaso não me tornei mais um subproduto dessa cultura de desagregação de valores? E a utopia que tanto critiquei no início do presente artigo? Não seria ela talvez a saída para a construção de uma nova ordem? Como supracitei, a ignorância é doce. Compactuar com O IDEAL pode ser o caminho mais curto para fugir da dor que provém do conhecimento de efeito e causa acerca DO REAL. Ora, com efeito, a verdade cobra o mais alto de todos os preços: A DOR. A dor embora seja tão evitada por nós, é, por outro lado, a prova de que estamos vivos! Se eu não estivesse vivo, não teria descoberto o quadro mais desolador que se pode conceber, quando se descobre a não legitimidade de muitos heróis nacionais que, ao longo de toda a minha história escolar, eram por nós e conosco celebrados. Heróis forjados com o intuito de servirem aos desígnios daquela parcela de homens que vêm se revezando no poder desde a fundação deste país. Na escola, aprendemos, por exemplo, que os bandeirantes foram os grandes desbravadores desta terra, eram intrépidos homens que enfrentaram todo tipo de perigo, a fim de estenderem os limites da glória ao desbravarem o Brasil! Ah, o que não se ensinou na escola é que esse é mais um dos mitos de nacionalidade. Como muito bem explicitou o nacional e internacionalmente respeitadíssimo Professor José Murilo de Carvalho, em entrevista ao Jornal O DIA (09/11/1999), (...) a versão oficial nem sempre tem a ver com a realidade (...) Os bandeirantes, por exemplo, que são símbolo do orgulho paulista, rachavam crianças em duas partes, abriam-lhes a cabeça e despedaçavam seus membros. Chocante? Impactante? Ou perturbador? Há tantos outros mitos de nacionalidade... Critica-se o povo brasileiro, dizendo que o nosso patriotismo surge apenas por ocasião da Copa do Mundo. Ora, sejamos realistas! Se analisarmos a nossa formação histórica, entenderemos que não temos a menor razão de sermos patriotas. Do que iremos nos orgulhar? De governos que manipulam a verdade e legitimam uma ordem social injusta? Do que nos orgulharmos? De políticos que usam a própria fé das pessoas, onde a cruz de Cristo se transforma em um ícone conduzido e transformado em material de campanha política sob o pretexto de uma Social-Democracia-Cristã? Ora, se bem me lembro, há alguns séculos, a igreja foi separada do estado e não nos esqueçamos das célebres palavras do Mestre Jesus Cristo: “a Cezar o que é de Cezar; a Deus o que é de Deus”. Pode parecer até herético da minha parte, mas às vezes chego a dizer em meu seio familiar e de amigos: Ah, se cristo voltasse nos dias de hoje... Quantas pessoas teriam de lhe ressarcir os direitos de veiculação de imagem nos mais diversos empreendimentos! Do que nos orgulharmos? Das hipocrisias constituídas como verdades que justificaram o genocídio cometido contra os sertanejos do Arraial de Canudos, como Euclides da Cunha registrou em sua obra Os sertões? Acaso podemos nos orgulhar do processo ilegítimo da nossa “proclamação da independência”? Ora, D. Pedro tão somente manipulou as condições necessárias, a fim de que ele passasse de Príncipe Regente à condição de Monarca do Brasil. E a nossa República? Ah, quantos “mamam nas tetas desta sagrada mãe gentil”!

Que futuro deixaremos à posteridade, se nos livros de história estiver escrito tão somente o epitáfio sepulcral, onde jaz a educação dos filhos desta pátria?

 

SEM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


 

[1] Atuo como professor de Letras Clássicas e Vernáculas, Ciências da Linguagem & Ciências da Literatura, sou Doutorando em Ciências da Linguagem, Mestre em Letras- Língua Portuguesa/Literatura & Teorias Literárias pela UFF-Universidade Federal Fluminense, Especialista em Língua Portuguesa pela UFF-Universidade Federal Fluminense. Envergo ainda a honra de ter sido premiado pela Academia Brasileira de Letras (2000-2001) e de ter atuado como professor substituto da UERJ-Universidade do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2005. Desde 1995, venho exercendo a função de consultor para pesquisa e desenvolvimento científico, revisor e orientador de Monografias e Teses. Sou cadastrado como Avaliador Institucional do INEP/MEC e pesquisador filiado ao CNPq-Conselho Nacional de Pesquisas e Desenvolvimento Científico. Encontro-me, ainda, na condição de professor regente do Município do Rio de Janeiro, lotado na 10ª Coordenadoria Regional de Educação, lecionando na Escola Municipal Fernando de Azevedo e no CIEP Roberto Morena. Sou membro da Associação de Estudos da Linguagem do Rio de Janeiro-ASSEL, membro do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos-CiFEFiL, Professor da Universidade Salgado de Oliveira-UNIVERSO, Criador e Coordenador dos Programas de Pós-Graduação lato sensu em Lingüística Aplicada ao Ensino e em Literatura & Linguagem da UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira. Todas estas credenciais só me levaram a dois lugares: a academia, a que mui honrosamente venho servindo em minha militância científica, e, sobretudo, devo dizer que o outro lugar a que fui levado foi ao encontro de mim mesmo enquanto educador. Desta forma, após todos os meus reveses, as promessas não cumpridas, as ilusões destroçadas e após assistir-me plantando e sepultando os meus últimos sonhos de adolescente, o derradeiro ponto de chegada foi ter atingido a verdade e, com ela, o mais alto preço: a dor de ver a própria morte da utopia.