A ordem não marcada
de circunstanciais de tempo
um contraste entre português e inglês
Marcia da Silva Mariano Lessa (UFRJ)
Os circunstanciais temporais apresentam uma flexibilidade na oração, podendo ocorrer antepostos ou pospostos ao verbo, como exemplificado abaixo:
- antepostos
(1) Hoje, somos uma equipe consciente e madura (JB, 01/11/02)
(2) In the past five years, according to State Board of Education officials, only two similar combinations were made. (CT, 04/12/05)
- pospostos
(3) A partida começa às 10h (JB, 01/11/02)
(4) The Iraqi forces are now visibly more alert and better equipped on Baghdad streets. (CT, 27/10/05)
Este trabalho focaliza a mobilidade dos circunstanciais com os objetivos de verificar a existência de uma ordem não marcada desses constituintes na escrita em português e em inglês e identificar os fatores que favorecem uma ou outra posição.
Adotei o instrumental metodológico da Teoria da Variação para examinar o efeito dos grupos de fatores seqüência e posições sobre os dados. A análise estatística foi obtida através do programa computacional Goldvarb 2001. Trabalhei, no português, com o corpus de notícias e artigos de opinião que constituem uma amostra feita por integrantes do PEUL da Faculdade de Letras da UFRJ; para o inglês, montei um corpus com notícias e artigos de opinião dos jornais americanos: The New York Times e o Chicago Tribune.
A análise dos resultados mostrou que as duas línguas mostraram tendência diferenciada na ordem não marcada e nas posições ocupadas pelos circunstanciais. Em relação à seqüência, as tendências foram mais convergentes.
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