A PERSPECTIVA DA TRADUÇÃO
E O FILTRO DA “WELTANSCHAUNG”
Carlos da Silva Sobral (UFRJ)
A superação das fronteiras no terceiro milênio traz questionamentos de várias naturezas. A redução do espaço físico parece não ter ajudado na mesma medida a reduzir as fronteiras da interpretação dos valores inerentes a cada cultura ,na macro, mas sobretudo na micro dimensão. Fatores determinados pelo registro das informações na infância, meio-ambiente e circunstâncias impregnam o modelo de semiotização grupal e individual no suporte estrutural da GU.
O texto literário, embaixador mor da singularidade expressiva das culturas, apresenta-se como o terreno mais fértil para a investigação do nível de permeabilidade entre as culturas e o fazer tradutório, um exercício que evidencia a crise de assimetria interlingual.
Dois livros de excelente quilate apresentam-se para observação fenomenológica no nível semântico/lexical: “Primeiras Estórias” de João Guimarães Rosa e “La terza sponda del fiume”, tradução de Giulia Lanciani. Alguns aspectos do par literatura e psicanálise e indagações contempladas pela psicolingüística são instrumentalizadas para a sondagem de concepção dicotômizada.
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