BEIJO
DE LÍNGUA
Prazer, produtividade e cidadania
no “ensino”
do
idioma
materno
Maria Veronica
Silva V. Aguilera (UERJ)
O
projeto nasceu da
vivência
profissional da autora e da
observação
cotidiana de
fatos relacionados à
comunicação e
expressão das
pessoas, nas
mais diversas
situações,
dentro e
fora das
salas de
aula. O
título sintetiza uma
visão de
língua e de
mundo e,
mais
que uma
proposta
didática, resume uma
postura
pedagógica. As
ações e
atividades contempladas extrapolam os
limites da
escola,
embora o
ponto
nevrálgico de nossas
inquietações situe-se nas
deformações de
um
sistema de
ensino
que,
freqüentemente, privilegia a “gramatiquice”,
insiste
em
priorizar os
conceitos de
certo e errado, secciona o
estudo do
idioma
em “aulas” de
redação,
gramática,
literatura e compromete o
prazer da
leitura,
pelo
direcionamento
obrigatório,
pela
limitação das
fontes,
pelo
utilitarismo e
pela
mania
interpretativa, levando inapelavelmente à
fragmentação do
sentido das
coisas. “Beijo de
Língua” tem
um de
seus
alicerces firmados na
convicção de
que o
ensino de
língua se faz
através da
utilização de múltiplas
linguagens, do
verbal e do não-verbal, e de
que a
literatura,
embora
imprescindível,
não é ─
conforme
ainda se observa nas
escolas ─ a
única
forma de
leitura
possível. A
música, o
cinema, a
pintura e a
dança
são
instrumentos
indissociáveis desse
trabalho,
em
que se destaca, no
campo do
verbal, a
linguagem da
imprensa,
auxiliar
valioso,
mal dimensionado e
pouco aproveitado,
tal
como procuramos
demonstrar
com a
tese O
jornal e o
ensino de
língua portuguesa:
leitura de
mundo nas
malhas da
linguagem (defendida na
Universidade do
Estado do
Rio de
Janeiro).
...........................................................................................................................................................
|
Copyright © Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos
|