Negritude e
Poesia
Brasileira
um
olhar
sobre Luiz Gama e Solano Trindade
Lenice Trajano
da Costa (UNEB / FJC)
Vigorante
no Brasil
por
mais de
três séculos, a escravidão deixou
marcas
em
nossa sociedade, cujas
conseqüências foram maiores sobre a
população
negra e afro-descendente do
país. O
negro
que, naquele
tempo, foi a
única
mão geradora de
riqueza,
nunca teve reconhecido
seu
valor, sendo considerado
apenas uma
máquina produtora e
um
animal
sem
alma,
pretexto
esse
que justificava
todos os
horrores e
maus
tratos a
que
eles eram submetidos.
Após a “abolição”, passaram
por
um humilhante
processo de apagamento da
memória da
sociedade,
porque
durante
muito
tempo
nem
sequer foram considerados
problema de
relevância
nacional. A
partir dessa
realidade, o
negro
brasileiro
passa a
buscar
sua
identidade e a
construir auto-estima, vendo na
arte
em
geral e,
em
especial, na
poesia,
um
instrumento
propício
para
esse
fim.
Poetas
negros,
como Luiz
Gama e Solano
Trindade,
embora
temporalmente
distantes,
através de
sua
arte, contribuíram
para a
tomada de
consciência da
importância do
negro
em
nossa
sociedade, resgatando o
orgulho de
sua
cor
por
meio de
um eu-lírico
que se
quer
negro.
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