O TRABALHO COM A ORALIDADE EM SALA DE AULA:
TEM O PROFESSOR VALORIZADO?

Mônica de Souza Serafim (UFC)

 

INTRODUÇÃO

Ninguém sabe dizer de forma precisa como a fala surgiu. Devido sua natureza única, só conseguimos conjecturar sobre seu surgimento nos registros, desenhos e outras marcadas deixadas pelos povos antigos.

A Antropologia, a Sociologia, a Psicologia, têm ajudados muito as outras ciências, como a História e a Lingüística a desenvolverem os estudos sobre a fala.

Ao nascermos somos apresentados ao mundo que está aí, não precisamos inventá-lo novamente. E grande parte desse mundo é representado pela linguagem, deixada como herança por nossos antepassados: aprendemos a falar com as pessoas que nos cercam e com elas também aprendemos os significados articulados pela linguagem. O bebê emite sons, primeiramente sem significado, para depois aprender a significá-los para uma determinada comunidade lingüística. 

Neste sentido, a fala se mostra como uma construção humana, e histórica com fins comunicativos, geradora de significados compartilhados entre os membros de uma mesma comunidade.

Na aprendizagem da fala, ocorrida por meio da maturação biológica e da interação do homem com o outro, muito mais que um conjunto de sons articulados, encontramos significados, valores, modos diferentes de experenciarmos o mundo.

Este breve histórico sobre a fala foi pensado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais ao referir-se a esta modalidade no ensino de língua materna

 

Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acessos a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle mais consciente e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania.    (PCN, 1999:  67)

 

 

A partir dessas orientações feitas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, pudemos perceber o aumento das pesquisas sobre a língua oral, afinal, em uma sociedade em que a fala vem ganhando um espaço importantíssimo, visto que ela está presente em grande parte das relações comunicativas, não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever: é preciso instruí-los a relacionar a língua às suas práticas sociais.

É neste contexto, muito mais real que apenas escolar, que se torna necessário abordar a questão da língua oral, cujo objetivo é propiciar ao aluno um conjunto competências que o torne capaz de conviver na sociedade na qual está inserido, sendo capaz de utilizar a língua de acordo com os diferentes usos sociais. Ao se comunicar oralmente, já tendo na escola algumas orientações sobre o funcionamento da língua oral, o aluno começa a se apropriar das estruturas e funções dos gêneros orais que fazem parte da sociedade.

Desse modo, consciente da importância de desenvolvermos o uso da língua oral dos alunos, decidimos realizar esta pesquisa com o intuito de refletirmos sobre as atuais práticas de ensino da língua oral no Ensino Fundamental e Médio.

A fim de atingirmos os objetivos propostos, produzimos um questionário contendo 4 perguntas do tipo estruturada, respondidas por 20 professores, sendo 14 professores do Ensino Fundamental e 6 do Ensino Médio. A partir das respostas fornecidas, analisamos qual a importância do trabalho com a língua oral na sala de aula, como é desenvolvido este trabalho, quais os gêneros orais mais trabalhados e se a oralidade possui algum lugar no planejamento dos professores.

 

1.        FALA E ESCRITA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

 

A modalidade oral como conteúdo a ser trabalhado na escola já vem sendo enfatizada por diversos estudiosos da linguagem, como Marcuschi (2001) e Neves (2004). Os próprios PCN põem essa modalidade ao lado da modalidade escrita, ressaltando a importância desse estudo no desenvolvimento da competência discursiva dos alunos.

O surgimento e aceitação da língua escrita na sociedade é uma tradição social que trouxe como principal conseqüência a transformação desta modalidade da língua em uma habilidade que historicamente tornou-se sinônimo de detenção de conhecimento, primeiramente literário, depois clássico, e, finalmente, científico.

             Isso fez com que a língua oral fosse menos valorizada pela sociedade. No entanto, a língua é uma parte da cultura, uma parte tão importante que a cultura se molda por meio dela, isto é, é por meio do uso da língua que podemos perceber melhor as características não só lingüísticas, mas também sócio-culturais de um falante ou de um grupo de falantes. Além disso, a língua reflete a visão de mundo do falante, suas crenças, atitudes e ideologias.

             Certamente essa supervalorização da escrita afetou profundamente a língua oral, atribuindo à fala o lugar do erro, do informal, segundo Fávero (2001).

Pensando nesta situação em termos de escola, tal postura pode ter desencadeado a visão dicotômica entre fala e escrita. Marcuschi (2001) chama a atenção para este fato.

          Conforme o autor (op. cit.), não se deve analisar as relações entre língua oral e escrita em uma perspectiva dicotômica, pois assim estaríamos atribuindo à modalidade escrita um caráter explícito, planejado e elaborado, ao passo que à modalidade oral caberia a implicitude, o não-planejamento e a falta de elaboração.

             Tal visão ainda prejudicaria o trabalho do professor, pois este não discutiria com os alunos a possibilidade de existir textos formais em língua falada, como uma palestra, por exemplo, e textos formais em língua escrita, como o bilhete.

             Conforme Del Rio(1996), mais importante que o conhecimento factual ou científico das relações entre oralidade e escrita são as implicações teóricas e pedagógicas desse conhecimento no ensino de uma língua, que não pode ser concebida como código, mas como um lugar de interação.

             Corrobora com esta mesma idéia Neves (2003), para quem o que mais importa na escola é ver a língua em funcionamento, o que significa avaliar as relações entre fala, escrita e leitura como práticas discursivas, todas elas como usos da língua, nenhuma tratada de forma secundária em relação a outra e cada uma delas servindo como objeto de reflexão.

             Seguindo os autores citados neste trabalho, acreditamos que as modalidades oral e a escrita não podem ser vistas como estanques e o papel da escola é o de discutir com os alunos esses dois modos de representação cognitivo e social, sem reduzir a oralidade a algo menor e  nem postular superioridade  à escrita.  

Antunes (2003) refere-se também ao trabalho com a oralidade na sala de aula, alertando que muitos professores não conseguem fazer com que seus alunos desenvolvam uma competência comunicativo-interativa. Isto porque alguns acreditam, ingenuamente, que os usos da língua oral são tão presentes no cotidiano que não é preciso ser matéria das aulas.

Além disso, alguns educadores, quando desenvolvem atividades relacionadas com a oralidade, as reduzem aos gêneros informais da oralidade como a conversa e troca de idéias, nos quais predominam os registros coloquiais, sem proporcionar ao aluno uma análise consistente do funcionamento da fala, o que tem resultado em uma falta de oportunidade em estudar a realização, o uso dos gêneros orais que exigem registros mais formais, um vocabulário mais especializado, além de convenções sociais exigidas a quem se propõe a falar em público.

A autora (op, cit.) ainda acrescenta que para desenvolver a capacidade de expressão oral dos alunos, o professor precisa ter consciência de que esse trabalho deve possuir um caráter interacional, ou seja, um trabalho inserido em uma prática social discursiva, que envolve pelo menos dois interlocutores, em trono de um determinado sentido e de uma determinada intenção. Desse modo, a fala deixa de ser espontaneísta, relaxada e descuidada, passando a ser trabalhada de acordo com o contexto interacional no qual está inserida. Assim, ao assumir essa perspectiva interativa, a oralidade na escola deve atentar-se para algumas características como: reconhecimento da importância da interação, unidade e coerência temática, diferenças entre a fala e a escrita, trabalho com os diferentes gêneros e tipos textuais, atenção para os aspectos supra-segmentais e para o desenvolvimento da habilidade de escuta.

Acreditamos que para desenvolver este tipo de abordagem no ensino de língua materna, o professor precisa preocupar-se em prever e avaliar suas concepções, objetivos, procedimentos e resultados de seu trabalho com o intuito de conseguir ampliar a competência comunicativa de seus alunos. 

 

2.        O ENSINO DA ORALIDADE NA ESCOLA

 

A abordagem escolar da oralidade intensificou-se a partir de 1997 com as propostas dos PCNs que incluíam reflexões pedagógicas para desenvolver as habilidades de comunicação oral nas aulas de língua materna: foco na competência comunicativa para que os alunos possam perceber os diferentes efeitos de sentidos e as diferentes adequações da língua às situações comunicativas reais.

Temos consciência do empenho da escola brasileira em cumprir seu papel de realizar melhorias para o ensino, como melhorias infra-estruturais, a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, então por que ainda não conseguimos incluir uma proposta de ensino interativa?

Porque, infelizmente, sua proposta pedagógica ainda encontra-se arraigada à concepção de língua normativa, furtando do aluno a oportunidade de compreender e ampliar suas habilidades como um ser falante: habituados a interagir com seus amigos falando, opinando, discordando, concordando, os estudantes vêem-se fracassados na escola, pois, em nome do bem falar e do bem escrever, é lhe retirado o direito de usar a palavra.

Neste contexto podemos ver uma relação paradoxal: de um lado, a interação entre professores e alunos aproxima-se cada vez mais, de outro, a falta de um plano de trabalho que permita ao professor valorizar o conhecimento de mundo do aluno, ou seja, é necessário que professores e alunos participem de situações que os tratem como pessoas comunicantes, já que apesar do direito à palavra, as condições comunicativas reais dos alunos são desconsideradas na escola: o aluno ainda acredita que o papel do professor é falar e o seu é ouvir, calado, a fala do professor, sem direito de relacionar seus conhecimentos vicários aos conhecimentos  escolares. Este tipo de ensino leva o aluno a aprender a calar, ignorando e desvalorizando o falar e o ouvir.

Corrobora com esta idéia Castilho (1998: 21), para quem a incorporação da oralidade nas aulas aproximaria dois mundos, muitas vezes, tão opostos: a escola e a vida

 

Via de regra o aluno não procede de um meio letrado. Sua família enfrenta as tensões da vida urbana, uma novidade para muitas delas. A escola deve iniciar o aluno valorizando seus hábitos culturais, levando-o a adquirir novas habilidades desconhecidas de seus pais. O ponto de partida para a reflexão gramatical será o conhecimento lingüístico de que os alunos dispõem ao chegar a escola: a conversação.   

 

Fala e escritas são habilidades comunicativas que já acompanham os alunos no momento em que eles entram na escola, mas parece que na entrada da escola estas habilidades se evaporam, pois ao aluno é negado o direito à palavra que traduz e registra seus atos e fatos do cotidiano. 

É necessário enfatizarmos que a escola precisa perceber que, mais do que uma necessidade pedagógica, os usos da língua representam uma necessidade social, pois a construção do conhecimento passa, primeiramente, pelo do real e da intervenção do sujeito sobre ele. 

Marcuschi (2001: 83) acresce a essas palavras o argumento de que

O trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à discriminação lingüística, bem como suas formas de disseminação.           

 

As reflexões sobre o lugar da oralidade no ensino de língua intensificam-se cada vez mais, apontando para uma grande mudança no tratamento dado a esta modalidade. As reformas educacionais investem na discussão do fazer pedagógico, no sentido de mudar a idéia de que o papel central da escola é ensinar o aluno a escrever, como afirma Castilho (1998: 13)

 

não se concebe mais que a função da escola deve concentrar-se apenas no ensino da língua escrita, a pretexto de que o aluno já aprendeu a língua falada em casa. Ora, se essa disciplina se concentrasse mais na reflexão sobre a língua que falamos, deixando de lado a reprodução de esquemas classificatórios, logo se descobriria a importância da língua falada, mesmo para a aquisição da língua escrita.

 

O ensino de língua materna se torna incompleto se exclui de seus procedimentos teórico-metodológicos os elementos pragmáticos, principalmente na formação de produtores de textos orais. Segundo Searle (1984), a competência pragmática está tão vinculada à natureza humana, a todo e qualquer conhecimento social que não se deve conceber um ensino que não os valorize.

Partilha desta mesma idéia Bakhtin (1999: 124) para quem “a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema lingüístico abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes”.

A formação de eficientes produtores de textos orais necessita do redimensionamento, reorganização das ações e objetivos pedagógicos priorizados pela escola. Por isso, segundo Matencio (2001), paralelo às atividades de ensino, planejamento e elaboração de projetos educativos, é preciso incluir programas e atividades que ampliem a formação de professores e melhorem a qualidade da interação em sala de aula, passando de uma ação monologizada para uma ação dialógica.

 

 

 

3. DA TEORIA À PRÁTICA: UMA ANÁLISE DA ORALIDADE NA SALA DE AULA

 

A fim de sabermos como a oralidade vem sendo abordada nas aulas de língua materna, qual sua importância, que gêneros são mais trabalhados e qual o lugar dessa modalidade no planejamento escolar, elaboramos um questionário contendo as seguintes questões:

 

1. Qual a importância do trabalho com a língua oral na sala de aula?

2. Como você desenvolve este trabalho em sua prática docente?

3. Quais os gêneros textuais, próprios da oralidade, mais trabalhados em classe?

4. Há um planejamento específico para as aulas que englobam a oralidade?

Em seguida pedimos que os professores respondessem essas questões e elaboramos categoria para cada uma delas a fim de enquadrarmos as repostas fornecidas pelos professores.

Os vinte textos foram codificados recebendo a identificação Q1, Q2, Q3 até Q20.

Os resultados demonstraram que tanto para os professores do Ensino Fundamental quanto para os do Ensino Médio a importância do trabalho com a língua oral reside no uso da fala de acordo com as situações comunicativas, como podemos ver na tabela abaixo:

 

Tabela 1: Importância da língua oral na sala de aula

Categorias

Ensino Fundamental

Ensino Médio

1.Usar a fala de acordo com as diferentes situações comunicativas

7

3

2.Facilitar a

 aprendizagem

5

2

3. Fazer o aluno perder a timidez para se tornar mais participativo

1

1

4. Compreender as relações entre fala e escrita

1

0

  

É comum também aos dois grupos a idéia de que o indivíduo capaz de se expressar oralmente nas diferentes situações comunicativas tem mais chance de conviver melhor com os diferentes meios sociais:

“Possibilitar ao aluno a vivência de situações que lhes permitam expor experiências vividas, pontos de vista ; além do uso adequado de diferentes níveis de fala de acordo com o grau de formalidade/informalidade exigidos na situação”. (Q1, professor do Ensino Fundamental)    

 

(...) “a missão do professor é melhorar o conhecimento que o aluno tem, mostrando que há diversas maneiras de se utilizar a língua portuguesa (...) Então temos que mostrar a eles a aceitabilidade e adaptabilidade dependendo do ambiente que se encontrem exercendo sua cidadania, como outros direitos e deveres ”. (Q3, professor do Ensino Médio)

   

O depoimento dos dois professores acima mostra que, ao dominar a oralidade, o aluno além da capacidade de falar bem, desenvolve outras habilidades como respeitar a opinião dos outros, além de fornecer-lhe segurança no momento de defender seus pontos de vista, tornando-se responsáveis e conscientes de seu papel na sociedade.           

 

           Cientes da importância da oralidade na vida dos alunos, os professores disseram que tentam desenvolver os usos da língua oral em seus alunos. As estratégias utilizadas foram variadas, mas as mais citadas foram as discussões, a leitura e comentário dos textos utilizados em sala de aula e as dramatizações.

                  

Tabela 2: Estratégias para trabalhar a língua oral na sala de aula

Categorias

Ensino Fundamental

Ensino Médio

1. Por meio de debates/discussões

6

4

2.Por meio de leitura e comentário dos textos

5

2

3. Por meio de dramatizações

3

0

 

 

“A prática oral é desenvolvida de forma que o aluno é estimulado a pensar e transmitir opiniões sobre os assuntos diversos em forma de debates (...) ou ainda sob a forma de tempestades de idéias sobre determinados assuntos”. (Q2, professor do Ensino Médio) 

 

“Através de conversas informais, músicas, dramatizações, interpretações de textos. (Q10, professor do Ensino Fundamental)

Percebemos pelos depoimentos que a forma como a oralidade é trabalhada enfoca bastante o “trabalho oral higienizado”, isto é, aquele restrito aos conteúdos escolares: debates, discussões, comentários sobre os textos trabalhados nos livros didáticos. Isto nos mostra que quando há alguma atividade com a língua oral na sala de aula ela acontece por pura simulação, sem motivar os alunos a participarem de tais atividades. No entanto, ao observarmos estes alunos nos intervalos percebemos como eles interagem entusiasmadamente em situações reais de fala.

Quando questionados sobre os gêneros textuais próprios da oralidade mais utilizados em sala de aula percebemos certa confusão entre gêneros e tipos textuais.

O professor Q1 respondeu que trabalha na modalidade oral textos epistolares como as cartas, os convites e os cartões postais, texto em que predominam a modalidade escrita da língua.

O mesmo aconteceu com o professor Q9 que afirmou trabalhar a confecção de cartão postal!

Já o professor Q2 afirmou que utiliza a narração, a descrição e a dissertação para trabalhar a oralidade, quando na verdade deveria ter respondido os gêneros e não as seqüências com as quais ele trabalha.

De qualquer forma, conseguimos separar os gêneros dos tipos textuais e constatamos que os mais utilizados forma a poesia e o debate. Na verdade este trabalho consistia em explicar o que se entendia sobre o conteúdo de uma poesia e também em emitir opinião sobre o assunto de textos diversos.

Por fim, perguntamos se a oralidade possui espaço no planejamento escolar, ambos os grupos disseram que sim, como podemos ver na tabela abaixo:  

 

 

 

 

 

Tabela 3: Espaço para o planejamento de atividades com a língua oral na sala de aula

Categorias

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Sim

8

5

Não

4

1

 

 

Apesar dos professores dos dois grupos afirmarem que há espaço para trabalhar a oralidade, percebemos que este planejamento parece ser mais um hábito de perguntar ao aluno o que ele entendeu sobre o texto do que de desenvolver estratégias específicas para desenvolver a oralidade em situações reais de comunicação.

 

4.        CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A escola, como instituição que lida diretamente com a formação dos cidadãos, precisa sintonizar-se com as demandas exigidas pela sociedade, a fim de preparar os indivíduos para atuarem nas diferentes situações comunicativas.

Ao realizarmos este trabalho, percebemos a necessidade de a escola trabalhar atividades que enfoquem a oralidade dentro de situações concretas, para que o estudo de língua portuguesa torne-se significativo para os alunos quando eles se depararem com situações reais de uso da língua.

Desse modo, faz-se necessário que o professor, ao trabalhar a língua falada, leve o aluno a perceber sua função social. Tal abordagem conduz o aluno a manipular os gêneros de acordo com seus interesses.       

 

5.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. Rio de Janeiro, 2003.

 

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999

 

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.  Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 1999.

 

CASTILHO, A.T. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998.

FÁVERO, Leonor Lopes. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. São Paulo: Contexto, 2003.

 

MARCUSCHI, Luis Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 1999.

 

MARCUSCHI, Luis Antônio. A oralidade e o ensino de língua: uma questão pouco falada. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva e BEZERRA, Maria Auxiliadora. O livro didático de português : múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.  

 

Matencio, Maria de Lourdes Meirelles. Estudo da língua falada e aula de língua materna: uma abordagem processual da interação professor/aluno. Campinas: Mercado de Letras, 2001.

 

NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática se usa na escola? Norma e uso na língua portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2004.

 

RAMOS, Jânia M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo: Martins Fontes, 2001.     

 

DEL RIO, Maria José.  Psicopedagogia da língua oral: um enfoque comunicativo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996

 

 SEARLE , J. Atos de fala. São Paulo: Hucitec, 1984.