A FILOLOGIA
E A ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOLOGIA

José Pereira da Silva (UERJ)

 

Criada no dia 26 de agosto de 1944 por , em reunião realizada no Colégio Militar do Rio de Janeiro, já iniciou com um grupo de brilhantes lingüistas e filólogos, como  Said Ali, Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Jacques Raimundo, Augusto Magne, José Oiticica, Rodolpho Garcia, Clóvis Monteiro, Cândido Jucá (filho), Mattoso Câmara, Serafim da Silva Neto, Ismael de Lima Coutinho e Artur de Almeida Torres, entre outros.

Naturalmente, uma associação de nomes tão ilustres das Letras Nacionais não poderia deixar de trazer grandes contribuições para a cultura filológica, apesar de ter surgido no momento em que esta ciência estava em seu auge, no Brasil, e exatamente no momento em que a Lingüística começava ocupar todos os espaços possíveis.

Outros nomes ilustres se acrescentaram a esta lista, como os de Silvio Elia, Antônio Houaiss, Antônio José Chediak, Celso Cunha, Afrânio Peixoto, Rocha Lima, Otto Moacyr Garcia, A. G. Cunha, Gladstone Chaves de Melo e tantos outros, inclusive com alguns que continuam produzindo muito para as ciências lingüísticas e filológicas nacionais, que não serão citados para não sermos injusto com alguma omissão.

São numerosos os trabalhos acadêmicos produzidos pelos membros da Academia Brasileira de Filologia, mas a sua produção oficial tem sido sempre precária, desde a sua criação, tendo-se demorado três anos para surgir o único número de sua revista Língua e Linguagem, sob a direção de Altamirano Nunes Pereira e, oito anos mais tarde, de 1955 a 1957, a Revista Filológica, sob a direção de Modesto de Abreu e Cândido Jucá (filho), com apenas sete números.

Atualmente, a Revista da Academia Brasileira de Filologia, nascida em 2002, está em seu quarto número, sob a direção de Leodegário A. de Azevedo Filho e Manoel Pinto Ribeiro, com excelentes contribuições de diversos acadêmicos.