ESTUDO GEOLINGÜÍSTICO
NO
MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO
UMA
ABORDAGEM
COM SUJEITOS
NA
FAIXA
ETÁRIA DE 30 A 45
ANOS
Adriana Cristina Cristianini (USP e UNIBAN)
A
linguagem utilizada
por uma
comunidade é,
certamente, uma
marca
primordial de
sua
identidade, de
sua
cultura.
Além disso, a
linguagem assume o
papel de
principal “produto” da
cultura e é, ao
mesmo
tempo, o
principal “instrumento” de
sua
transmissão. Fica
claro,
pois,
que
não se
trata
meramente de uma
discussão
acadêmica
sobre as variações
lingüísticas,
pois
tratar da
língua é
também
tratar de
um
tema
político,
visto
que é
impossível
desvincular a
língua do
ser
humano
que,
por
sua
vez, é
um
ser
político.
A
diferenciação
geográfica e
social
entre
segmentos de uma
mesma
comunidade
lingüística resulta
em
um
correspondente
processo de
diferenciação lingüística.
O
município de
São Paulo representa uma
importância
considerável no
contexto sócio-político-econômico-cultural do Brasil.
Tanto
econômica
quanto populacionalmente, a
região
nos fornece
dados
que
nos mostram a irrefutabilidade do
desenvolvimento de
estudos
sobre a
região e
sobre as
características de
sua
população.
Para
este
estudo, fizemos
coleta de
dados in
loco e entrevistamos
sujeitos de
ambos os
sexos,
com
idades
entre 30 e 45
anos. Aplicamos o
questionário semântico-lexical,
com
base no
questionário do
Projeto ALiB -
Atlas
Lingüístico do Brasil - e ampliado
com
novas
questões formuladas especificamente
para
São Paulo.
Dessa
forma, poderemos
apresentar as
possíveis
diferenças observadas
nos
resultados e apresentados
em
cartas
lingüísticas e de
estudos
interpretativos de
fenômenos considerados
relevantes e,
então,
contribuir
para o
entendimento da
língua portuguesa no Brasil
como
instrumento
social de
comunicação diversificado, possuidor de várias
normas de
uso,
mas dotado de uma
unidade
sistêmica.