ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL
NA
REGIÃO METROPOLITANA DE
SÃO PAULO
PRIMEIRAS
ABORDAGENS
Márcia Regina Teixeira da
Encarnação (USP)
Um
breve
olhar
sobre a
realidade
atual das diversas
comunidades
lingüísticas brasileiras revela as profundas modificações pelas
quais
elas têm
passado
nos
últimos
anos. Neste
jogo dialético
entre
inovação e
conservação, a fala retrata
elementos
antigos, aceita as inovações e
parte incessantemente para uma
conseqüente variação, movida
por
razões
sociais e culturais.
Essas transformações, trazidas
pela
evolução dos
meios de
comunicação,
cuja
influência exerce
um
papel
significativo nas mudanças dos
hábitos
lingüísticos, e
ainda,
pelo
deslocamento dos
habitantes de uma
região
para
outra, acabam provocando,
não
só uma
reconstituição demográfica,
mas
também mudanças
irreversíveis
nos
usos
lingüísticos da
comunidade, promovendo uma irretroativa quebra de
limites e
fronteiras. É
preciso,
pois,
que se tente registrar a
riqueza
lexical existente,
para
que
fatores
característicos da
fala de
hoje
não se percam,
dada a
sua
importância
para
estudos
posteriores.
Esta
pesquisa
busca
mostrar
um
breve
estudo semântico-lexical de
caráter descritivo na
cidade de
São Paulo.
A
elaboração deste
trabalho fundamentou-se
em
pesquisa de
campo,
com a
finalidade de
proceder à
recolha de
dados. Foram entrevistados
adultos,
naturais da
localidade, de
ambos os
sexos, na
faixa
etária de 50 a 65
anos. A
recolha dos
dados foi
feita in
loco,
com a
aplicação do QSL -
Questionário Semântico-Lexical ampliado
com
base no
questionário do
Projeto ALiB -
Atlas
Lingüístico do Brasil , a cujas
perguntas
já existentes, foram acrescentadas outras, especificamente
para o
município de
São Paulo.
Suas
respostas constituem o
corpus desta
pesquisa e serão registradas
em
cartas
para
um
posterior mapeamento das
variantes
lingüísticas.