Etnicidade e Etnolingüística
Um outro modo de nomear

Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP)

As práticas identitárias vêm acompanhando o deslocamento dos grupos humanos pelos territórios, desde tempos imemoriais. Se, antes, bandos e hordas migravam pela posse dos topoi  para firmar sua presença e dominação desses espaços, hoje, ainda, o problema continua a existir da mesma forma ou com alguma variação de sentido. É o caso da chamada procura do perfil individual de cada um dos membros do grupo ou da própria comunidade. Dito de outro modo, é a busca de uma identidade própria, que o define (o grupo) como referência comum. Hoje, o ser étnico tornou-se proeminente nas pesquisas lingüísticas e sociais, como um parâmetro transformador dos comportamentos e das vocações societárias, mas, também, como medida da própria valorização dos conceitos aí inscritos, que se refletem nas denominações pessoais e locativas. É o que discutiremos nesta comunicação.