O
gênero
propaganda
em
sala de aula
uma
análise dos
processos de referenciação
no
discurso do
professor
em
formação
Luciane Manera Magalhães (UFJF)
A publicação dos PCNs de
Língua Portuguesa,
em 1997, desencadeou,
conforme constatado
por Kleiman (2002), uma
relevante
atividade de
pesquisa no
meio
acadêmico, seja
com o
interesse descritivo da
diversidade de
gêneros, seja na
perspectiva de
buscas de
sugestões
didáticas
para o
ensino da
língua.
Esse
interesse
pela
diversidade de
gêneros,
pela
academia, tem-se repercutido na
prática de
professores envolvidos
em
cursos de
formação continuada,
conforme apontam os
dados gerados na
presente
pesquisa.
Analiso, nesse
trabalho,
através de
um
estudo de
caso, a
constituição dos
conhecimentos de uma aluna-professora,
acerca do
conceito de autoria. Os
resultados obtidos apontam
para a
presença da
diversidade de
gêneros,
em
sala de
aula,
através da transposição
didática de
novos
conhecimentos trabalhados
em
um
curso de
formação continuada.
A
análise dos
dados salienta a
instabilidade constitutiva do
discurso na (trans)formação da
prática de
ensino da
leitura, da aluna-professora. Foi
observado
que a
integração de
novos
conhecimentos
acerca de
um
novo
gênero – a
propaganda – é marcada
pela
hesitação na
busca de
um
referente
que seja o
mais adequado
para
nomear o
novo
objeto
que se apresenta (cf. Mondada & Dubois, 2003). Essa
instabilidade confirma,
conforme
observado
por Mondada & Dubois (op. cit.),
que, ao
categorizar o
mundo, o
sujeito
não
parte de
categorias dadas
ou preexistentes, ao
contrário, essas
categorias
são elaboradas no
curso de
suas
atividades, transformando-se a
partir dos
contextos, nas negociações
dentro da
interação.