Ordenação de Circunstanciais Temporais
em Inglês

Márcia da Silva Mariano Lessa (UFRJ)

  

As gramáticas do inglês mostram uma certa regularidade no posicionamento dos circunstanciais na oração: modo> lugar > tempo. Celce-Murcia e Larse-Freeman (1999), por exemplo, observam que os circunstanciais temporais (advérbios e Spreps de tempo) podem ocupar podem a margem esquerda da oração, muito embora afirmem que a posição não marcada  dos mesmos seja a margem direita. No entanto, trabalhos como o de Costa (2004) e Shaer (2004) mostram que os circunstanciais de tempo na língua inglesa podem ocupar diversas posições na sentença, e que sofrem influência de fatores sintáticos, semânticos e discursivos.

O objetivo principal deste trabalho é verificar que posições esses constituintes ocupam na oração e que fatores atuam sobre a sua ordenação. Para tanto, foram analisados dados de língua escrita representados por dois gêneros jornalísticos distintos:  notícias e artigos de opinião recolhidos em  jornais de grande circulação nos Estados Unidos: O “The New York Times” e o “Chicago Tribune”.

Como metodologia, associamos aos pressupostos funcionalistas um  tratamento quantitativo conforme aos princípios da  Teoria da Variação, segundo a qual toda variação é sistemática, apresenta regularidades e pode ser descrita em termos da influência de fatores diversos.

Os primeiros resultados obtidos mostraram que a ordenação dos circunstanciais temporais em inglês recebe influência do tipo morfológico do circunstancial (se advérbio ou Sprep) e se organiza segundo uma estrutura micro-discursiva.