Século XIX: Gramáticas e gramáticos

Márcia A G Molina  (UNISA/SP e UNIA/Santo André)

 

Nosso objetivo neste trabalho é discorrer sobre as gramáticas do século XIX. Sabemos que esse foi um período de grande efervescência, tanto no que tange à área social, quanto cultural  e, em virtude disso, ocorreram inúmeras mudanças em todas as áreas do saber, especialmente, do gramatical.

No início do século, iluminados pela gramática de orientação filosófica, os estudiosos traziam em suas obras preceitos da gramática geral; depois do surgimento da gramática histórico-comparativa (em Diez, Grimm etc.), surge aqui no Brasil a obra do professor Júlio Ribeiro, divisora de águas, acabando por influenciar o pensamento dos demais professores seus contemporâneos.

Analisaremos à luz da História das Idéias Lingüísticas quatro compêndios gramaticais (dois do período anterior à obra de Júlio Ribeiro e dois do posterior), verificando como seus autores assimilaram e inscreveram o pensamento gramatical dominante e buscando perscrutar e compreender as alterações nas formas de pensar daqueles que “fizeram” o século.

Nosso aparato teórico é Auroux (1989) e Fávero e Molina (2006).