Linguagem jurídica: consciência e cidadania

Odiombar Rodrigues
odiombar@yahoo.com.br

 

A Língua é o maior instrumento de trabalho do advogado, porém os Cursos de Direito não têm instrumentalizado seus alunos no sentido de torná-los eficientes no manejo da linguagem. Muitas são as razões, mas uma torna-se evidente - as IES, principalmente as particulares, buscam resultados imediatos e não preparam o jovem para a carreira profissional, apenas o habilitam ao exercício do direito positivo, sem contribuirem para a proficiência linguística.  A proposta é um projeto de sistematização de conteúdos, através de curso de atualização, que ofereça uma visão instrumental da linguagem e, ao mesmo tempo, recupere o conhecimento diacrônico da terminologia jurídica. Há muito tempo o estudo da Língua Portuguesa vem sendo centrado na comunicação, não que isto seja dispensável, porém a lacuna é a falta de conteúdos que o fundamentem como uma disciplina racional e revestida de sistematização. O projeto  tem como foco principal o estudo diacrônico e a sua aplicabilidade na Linguagem Jurídica, bem como o reconhecimento etimológico da terminologia, buscando tornar a linguagem mais eficiente e compreensiva para um público maior no mundo do Direito. Esta proposta vem de encontro ao esforço que alguns setores, como a AMB (Associação de Magistrados do Brasil) vem desenvolvendo no sentido de simplificar e socializar o conhecimento jurídico, o que contribui significativamente para a formação da cidadania. Como resultado, podemos ter a linguagem como elo de contato entre o mundo jurídico e a sociedade, pois a linguagem é consciência e cidadania.