As letras,
um outro saber em centros tecnológicos

Maria Cristina Giorgi (CEFET-RJ)
cristinagiorgi@terra.com.br

 

Atualmente, verificamos uma valorização cada vez mais os saberes pragmáticos, que visam a atender os detentores dos meios de produção. Conforme Ciavatta (2006), é impossível desprezar o fenômeno tecnologia visto que seus objetos em toda sua complexidade fazem parte de nosso dia-a-dia, afetando, queiramos ou não, nossas formas de atuar na vida social. Dentro deste contexto, como profissionais da área da linguagem do CEFET-RJ - instituição que explicitamente valoriza saberes relacionados à tecnologia, que, segundo o próprio centro, configuram "a produção de bens e serviços no país"–, propomos uma reflexão acerca da inserção do professor/pequisador de línguas dentro desse universo. Para tal, nosso quadro teórico procura atender a especificidades de propostas que relacionam a linguagem e o trabalho docente, sendo a linguagem aqui compreendida como agir discursivo no mundo que nos situa, buscando (a) melhor compreender como se constituem os saberes relativos ao ensino de línguas em um centro tecnológico, e (b) apontar possibilidades de investigações que privilegiem outros saberes que não os da área tecnológica.