O culto à norma x O papel da escola:
como fica o aluno nessa história?

Luana Serafim Gomes
lu_jesusamavc@yahoo.com.br

 

É lamentável constatarmos a realidade em que se encontra a maioria das salas de aula de Língua Portuguesa: o espaço que deveria colaborar na formação de indivíduos capazes de utilizarem a língua com autonomia e segurança, acaba por se tornar aquele onde impera o preconceito e a desvalorização da variante do aluno, resultantes de uma visão petrificada de língua, como sendo apenas o domínio de regras gramaticais acima de tudo, ao invés de um continuum de sentidos em construção. Aliás, essa subserviência à gramática tradicional vai gerar conseqüências catastróficas no processo de aprendizagem do aluno, já que muitos docentes, em face de incoerências locais, não conseguem reconhecer todo o conhecimento de mundo e a capacidade argumentativa apresentada pelo aluno em seu texto. Contudo, e felizmente, existem aqueles que por meio do conhecimento lingüístico, e principalmente, através de uma prática docente reflexiva, buscam alternativas para, de fato, promoverem o desenvolvimento das habilidades lingüístico-comunicativas de seus alunos.

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre essas questões, lançando mão das contribuições teóricas de Bagno, Swander, Teixeira, Sobroza e Kraemer.