Sumário

Capítulo I

A Obra

O texto

 

1. Problemas externos: título, autor, nacionalidade e época. Fontes de informação do autor.

1.1 Entre as obras da literatura latina em que é possível colher elementos para o estudo do chamado latim vulgar vem invariavelmente arrolada uma curiosa narrativa da peregrinação que fez aos santos lugares uma mulher, provavelmente em fins do IV e princípios do V século.

Essa obra, só publicada em 1887, despertou logo a atenção de latinistas e romanistas, historiadores e liturgistas pela riqueza de material de pesquisa que oferece àqueles especialistas, de tal forma que é hoje assunto de vastíssima bibliografia.

Trata-se de um diário de viagem em que uma peregrina conta às suas irmãs de comunidade religiosa – tratadas sempre com afetuosa reverência: dominae sorores, dominae uenerabiles sorores, affectio uestra, lumen meum – as acontecências de sua peregrinação de cerca de três anos pelos lugares santos da Palestina e do Oriente.[1]

A obra não nos chegou completa; faltam-lhe alguns trechos. Como está, compõe-se de duas partes bem distintas: na primeira (cap. 1-23) a autora narra quatro etapas importantíssimas dessa longa viagem (cf. Pétré, 1948, p. 29-57):

1ª) A peregrinação ao Monte Sinai e a volta a Jerusalém (1-9):

Interea ambulantes peruenimus ad quendam locum, ubi se tamen montes illi, inter quos ibamus, aperiebant et faciebant uallem infinitam, ingens planissima et ualde pulchram, et trans uallem apparebat mons sanctus Dei Syna. (1,1).

Et inde (Pelusio) proficiscens denuo, faciens iter per singulas mansiones Egypti, per quas iter habueramus, perueni ad fines Palestinae. Et inde in nomine Christi Dei nostri faciens denuo mansiones aliquod per Palestina regressa sum in Helia, id est in Ierusolimam (9,7)

 

2ª) A subida ao Monte Nebo (10-12):

Item transacto aliquanto tempore et iubente Deo fuit denuo uoluntas accedendi usque ad Arabiam, id est ad montem Nabau, in eo loco, in quo iussit Deus ascendere Moysen (10,1).


 

3ª) Saindo de Jerusalém, a visita ao túmulo de Jó, em Cárneas ou Denaba, cidade de Ausítide (13-16):

Item post aliquantum tempus uolui etiam ad regionem Ausitidem accedere propter uisendam memoriam sancti Iob gratia orationis (13,1).

Habens ergo iter ab Ierusolima usque ad Carneas eundo per mansiones octo (Carneas autem dicitur nunc ciuitas Iob, quae ante dicta est Dennaba in terra Ausitidi, in finibus Idumeae et Arabiae) (13,2).

 

4ª) Depois de três anos em Jerusalém (cf. 16,7 e 17,1), a peregrinação à Mesopotamia Syriae (16-21) e o regresso a Constantinopla, de onde partira (21-23):

Item in nomine Dei, transacto aliquanto tempore, cum iam tres anni pleni essent, a quo in Ierusolimam uenisse, uisis etiam omnibus locis sanctis, ad quos orationis gratia me tenderam, et ideo iam reuertendi ad patriam animus esset: uolui iubente Deo ut et ad Mesopotamiam Syriae accedere (17,1).

Ac sic ergo alia die transiens mare perueni Constantinopolim, agens Christo Deo nostro gratias, quod michi indignae merenti praestare dignatus est tantam gratiam, id est, ut non solum uoluntatem eundi, sed et facultatem perambulandi quae desiderabam dignatus fuerat praestare et reuertendi denuo Constantinopolim (23,8).

Na segunda parte, a autora nos oferece, com detalhes, preciosos dados litúrgicos e eclesiásticos da Jerusalém do IV século, renascida esplendorosamente no tempo de Constantino e Santa Helena, sua mãe.

Era intenção de Etéria comunicar minuciosamente a suas sorores todas as celebrações religiosas de que participou. E começa com os ofícios da Semana Santa celebrados na Basílica do Santo Sepulcro (24):

Ut autem sciret affectio uestra, quae operatio singulis diebus cotidie in locis habeatur, certas uos facere debui, sciens, quia libenter haberetis haec cognoscere (24,1).

E assim procede sempre com as celebrações do ano litúrgico: Epifania (25), a apresentação de Jesus no Templo (26), a Quaresma (27-29), a Semana Santa (30-39), o primeiro domingo depois da Páscoa (40), a preparação para a Ascensão (41) e a Ascensão (42) (“die quadragesimarum post Pascha”), Pentecostes (43) (“quinquagesimarum die”) e depois de Pentecostes (44). Detalhadíssima a preparação dos candidatos ao batismo na Páscoa (45) com a “traditio symboli” e “redditio symboli” (46) e a pregação sobre os mistérios (47). Finalmente, as festas das encênias (48-49), celebração soleníssima porque a consagração das igrejas do Martyrium e da Anastasis coincidia com a Invenção da Cruz:

Item dies enceniarum appellantur, quando sancta ecclesia, quae in Golgotha est, quam Martyrium uocant, consecrata est Deo; sed et sancta ecclesia, quae est ad Anastase, id est in eo loco, ubi Dominus ressurrexit post passionem, ea die et ipsa consecrata est Deo. Harum ergo ecclesiarum sanctuarum encenia cum summo honore celebrantur, quoniam crux Domini inuenta est ipsa die (48,1).

Não faltam informações sobre os santuários, numerosos, e alguns suntuosíssimos, construídos principalmente nos “lugares sagrados” e onde se realizaram as cerimônias acima referidas: a Basílica do Santo Sepulcro (com a Anastasis, o Calvário e o Martiyrium ou Ecclesia Maior), o santuário do Cenáculo de Sião, os três santuários do Monte das Oliveiras (Imbomon, Eleona e Getsemani), a basílica de Belém e duas igrejas na Betânia, uma das quais é a chamada Lazarium.

Enfim, acho que está explicado o interesse de historiadores e liturgistas pela obra.

Quanto ao interesse lingüístico, é precisamente o que pretendemos examinar nesta tese.

Ouçamos a palavra dos mestres.

Tagliavini entende que

il testo latino...contiene moltissime espressioni che contrastano coll’uso classico e che ci atestano l’incipiente fissazione di caratteri volgari, molti dei quali si mantengono nelle lingue romanze (Tagliavini, 1969, p. 214-15).

Väänänen diz mais ou menos o mesmo:

la langue de ce texte, sans être dépourvue d’un certain souci littéraire, fournit de nombreux “vulgarismes” (Väänänen, 1963, p. 18).

Diaz y Diaz considera a Peregrinatio Egheriae (sic) uma

admirable descripción de um piadoso viaje de la virgen Egeria a Oriente para recorrer todos los lugares mencionados em la Bíblia.

Identifica na autora uma mulher de certa cultura,

pues su texto está lleno de reminiscencias literarias; pero su interés consiste en la libertad con que acude al uso popular de su época, cuando no acierta con el uso gramático o le parece poco efectista.

E, para caracterizar esse latim:

Al igual que en Petronio, puede aqui decirse que lo más interesante es el aspecto general del texto, que indica o preludia las grandes mutaciones del románico.

Acha a narrativa “casi siempre ligera y clara”. Reconhece a importância lingüística e histórica da obra e observa, com razão:

se le ha tenido siempre por uno de los textos más característicos del Latín Vulgar; pero, repetimos, la costra literaria de Egeria es demasiado densa para considerar vulgar el texto que escribió (Diaz y Diaz, 1950, p. 81).

Entre os especialistas brasileiros Serafim da Silva Neto (1957, p. 116), examinando as fontes de conhecimento do latim vulgar, julga “do mais alto valor” a Peregrinatio ad loca sancta; e Maurer (1962, p. 17) destaca-a entre os “itinerários e narrativas de peregrinações à Terra Santa”.

Neste capítulo focalizaremos os quatro problemas “externos” de nossa obra – título, autor, época, local – os quais, a nosso ver, continuam sem uma palavra final. Nos capítulos seguintes tentaremos estudar o problema “interno” do latim eteriano.

 

1.2 O texto foi publicado pela primeira vez em 1887 por Gamurrini que o havia descoberto em 1884 num pergaminho manuscrito do século XI na biblioteca da sociedade Fraternitá dei Laici, em Arezzo, e o divulgou juntamente com textos de Santo Hilário com o título de Sancti Hilarii Tractatus de Mysteriis et Hymni et S. Silviae Aquitanae Peregrinatio ad Loca Sancta, quae inedita ex codice Arretino deprompsit J. F. G., Biblioteca della Accademia Storico-Giuridica. Roma, 1887, vol. IV.

A publicação de Gamurrini justifica o título por que a obra se tornou mais conhecida e em favor do qual há uma forte tradição. Mas não é do original, uma vez que o manuscrito não traz qualquer informação quanto a título, autoria ou data. Alguns especialistas preferem chamá-la Itinerarium, velha denominação romana dos roteiros ou guias práticos, ilustrados ou não (depicta ou scripta), muito úteis para expedições, viagens ou peregrinações, que informavam mais ou menos minuciosamente o viajante sobre os locais, os acidentes geográficos, as distâncias, as mutationes, as stationes etc.

Os latinistas e romanistas, muito mais preocupados com o texto, simplesmente adotam uma denominação. Entre nós, Bechara prefere a tradição:

Ao empregar a forma Aetheria ou, em português, Etéria, apenas me filio ao uso tradicional entre mestres brasileiros e portugueses, além de ser a maneira a que me acostumei lendo os dois grandes mestres estrangeiros que me iniciaram no estudo mais profundo da Peregrinatio, W. Heraeus e E. Löfstedt (Bechara, 1965, p. 337)

Ênio Fonda (1966) optou por Itinerarium Aetheriae. Maria da Gloria Novak traduziu por Peregrinação de Etéria, embora na Introdução diga que

foi infeliz a escolha de Gamurrini: o verdadeiro nome parece ter sido apenas Itinerarium. (Novak, 1971, p. 11)


 

Na verdade a narrativa de Etéria é bem mais que um seco itinerarium; é um interessantíssimo “journal de voyage”, como traduziu com muita felicidade Hélène Pétré (1948).

 

1.3 Quanto ao problema do autor, quem seria a Silvia aquitana de que fala Gamurrini? Seria Silvia ou Silvânia, irmã de Flávio Rufino da Aquitânia, gaulês, contemporâneo de Teodósio Magno, a qual nos fins do século IV teria feito uma peregrinação à Terra Santa?

Hoje essa opinião está inteiramente abandonada, em favor de Etheria (Aetheria) ou Egeria, piedosa mulher provavelmente hispânica.

Não entraremos nesse assunto discutidíssimo, que nos afastaria demais dos limites deste capítulo. Vão aqui umas referências que consideramos fundamentais.

Sobre a forma Etheria ou Aetheria, o estudo clássico é o de Dom M. Férotin, Le veritable auteur de la Peregrinatio Silviae: la vierge espagnole Etheria, em Revue des Questions Historiques, 38 (1903), p. 367 e seguintes. Dom Férotin valeu-se de um precioso documento por ele descoberto, uma carta de Valério, monge hispânico do século VII, que viveu na Galiza, escrita a seus irmãos do mosteiro de Bierzo. Valério aponta-lhes o exemplo de fé cristã de uma piedosa mulher, Etheria, que apesar de sua feminea fragilitas não se arreceou de todas as dificuldades para, em longa peregrinação pelos santos lugares, dar seu testemunho de amor a Deus.

Nos manuscritos desse texto ocorrem as formas Aetheria, Etheria, Heteria, Egeria, Eiheria, Echeria. Dom Férotin fixou a forma Etheria. Alguns especialistas (Heraeus, Meister, García, Löfstedt) preferem grafar Aetheria, que tem apoio em manuscritos e denuncia a influência da forma clássica aethereus, -a, -um – “celeste”. Aliás, parece intencional a associação do nome da peregrina a esse sentido no trecho em que Valério se refere a aetherea regna.

A carta de Valério pelos conhecimentos que revela da Peregrinatio Aetheriae tornou-se de leitura obrigatória e está inseparavelmente ligada às pesquisas sobre essa obra. Leia-se o excelente estudo sobre a Carta com uma edição crítica do texto de Zacharia García, S.J. (1910)[2]

A forma Egeria tem a seu favor argumentos bastante sérios, já examinados exaustivamente por Zacharia García, S.J. e D. Lambert.

Acrescentemos que a forma é antiqüíssima em latim.

Gaffiot em seu Dictionnaire illustrée latin-français (Gaffiot, 1934, verbetes Egeria e Egerius) registra Egeria, -ae e Egerius, -ii:

Egeria, -ae, f., Egérie (nymphe que Numa feignait de consulter): Liv. 1,19; Virg En. 7,763.

Egerius, -ii, m., nom d’un frère de Tarquin l’Ancien: Liv. 1,34

Não registra, porém, Aetheria ou Etheria.

Entre nós trataram da matéria Evanildo Bechara e Ênio Aloísio Fonda, em artigos que comentaremos adiante.

De nossa parte, entendemos que a discussão sobre o verdadeiro nome tem seu interesse histórico e até lingüístico, mas não contribui em nada para esclarecer problemas referentes ao latim da obra; entendemos, com Bechara, que Aetheria (Etheria) e Egeria são formas independentes, devendo ser afastada, por falta de fundamento científico, a hipótese de um único étimo (Bechara, 1965, p. 332).

Mas modernamente a forma Egeria tem logrado maior aceitação.

 

1.4 Sobre a pátria da nossa autora há três hipóteses: a) a Gália Narbonense (Gamurrini e Meister, que localiza o mosteiro de Etéria em Arles ou Marselha); b) o noroeste da Hispânia, perto do oceano (D. Férotin) e c) a Galiza (Zacharia García, S.J., 1910).

Este último, com eruditíssima argumentação, discute quatro trechos que os autores têm utilizado diferentemente na defesa de suas hipóteses:

1ª) o trecho da Peregrinatio (19,5) em que o bispo de Edessa diz à peregrina:

Video te, filia, gratia religionis tam magnum laborem tibi imposuisse ut de extremis porro terris uenires ad haec loca;

2ª) outra passagem da Peregrinatio (18,2) em que Etéria compara o Eufrates ao Ródano:

Perueni ad fluuium Euphraten, de quo satis bene scriptum est esse flumen magnum Eufraten et ingens, et quasi terribilis est; ita enim decurrit habens impetum, sicut habet fluuius Rodanus, nisi quod adhuc maior est Eufrates;

3ª) um fragmento do Pedro Diácono que reproduz um trecho perdido da Peregrinatio:

Mare autem rubrum non ob hoc habet nomen, quia rubra est aqua aut turbulenta, sed adeo est limpidus et perlustris et frigidus ac si mare oceanus. Ibi elecessae nimii saporis est suauitatis sunt. Omne autem genus piscium in eodem mare sunt tanti saporis ut pisces maris Italici... Corallum uero in eodem littore plurimum est, ipse autem mare rubrum pars oceani est;

4ª) duas passagens da Carta de Valério:

Itaque dum olim almifica fidei catholicae crepundia, lucifluaque sacrae religionis inmensa claritas huius occiduae plagae sera processione tandem refulsisset extremitas, eadem beatissima. ...Aetheria... inmensum totius orbis arripuit iter;

e ...quae extemo occidui maris oceani litore exorta, Oriente facta est cognita.

Desses argumentos García entende como mais preciosos os de Valério, pois huius occiduae plagae e extremo occidui maris oceani litore são expressões técnicas, geográficas, atestadas em outros autores para designar o litoral ocidental da Hispânia, a “ocidental praia” (lusitana?).

Restariam os argumentos rigorosamente lingüísticos. Estes, porém, a julgar pelos galicismos arrolados por Meister e hispanismos levantados por D. Férotin e Anglade – estou-me valendo das referências de García – são precaríssimos e, na verdade, pertencem ao fundo latino comum. Voltaremos a este assunto adiante.

 

1.5 Quanto à cronologia, outra questão dificílima, a critica moderna tende a situar a obra em fins do século IV e princípios do V. Aqui têm a palavra historiadores e liturgistas, já que o texto nos oferece referências históricas e litúrgicas de certa importância para essa localização, tais como:

1) Peregr. 42: “die quadragesimarum post pascha...”

A festa da Ascensão do Senhor começou a ser celebrada já na segunda metade do século IV;

2) Peregr. 45 e 46: a preparação imediata para o batismo se restringiu, a partir do século IV, à Quaresma;

3) Peregr. 20,12: “locus ille, filia, quem requires, decima mansione est hinc ... in Persida ...; sed modo ibi accessus Romanorum non est; totum enim illud Persae tenent”. A cidade de Nísibe foi abandonada por Joviano aos persas em 363;

4) Construção e consagração das igrejas do Lazarium, do Gólgota e de Sião, todas anteriores a 363;

5) A igreja de Getsêmani construída por Teodósio em torno de 380;

6) A igreja do Martyrium de S. Tomé, consagrada em 394, era ainda nova quando Etéria a visitou (Peregr. 19,2 e 3: “Ubi cum peruenissemus, statim perreximus ad ecclesiam et ad martyrium sancti Thomae ... Ecclesia autem, ibique est, ingens et ualde pulchra et noua dispositione, ut uero digna est esse domus Dei”).

 

1.6 Etéria revela familiaridade com os textos bíblicos. Aliás, Vermeer afirma que a monja viajava “Bible en main” (Vermeer, 1965, p. 7). De fato, não parece razoável pensar com outros autores que a peregrina citava de cor ou apenas transcrevia as explicações dos sancti deductores. As freqüentíssimas referências revelam, mais do que simples leitura, uma vivência interior da Sagrada Escritura. Além da Bíblia – certamente não a Vulgata de S. Jerônimo, mas versões da Vetus latina – e, naturalmente, da tradição oral e das informações dos acompanhantes, teria utilizado como fontes de consulta o itinerarium conhecido como Onomastikon de Eusébio, na versão jeronimiana. Hélène Pétré aponta inúmeras coincidências entre a Peregrinatio e o Onomastikon. Curiosamente, porém, não há qualquer referência na Peregrinatio a S. Jerônimo, famoso por sua cultura e por sua austeridade, que devia estar em Belém no período em que a nossa peregrina esteve por aquelas regiões. Será que se refere a Etéria aquela “passagem enigmática” de S. Jerônimo na epístola Ad Furiam, 54, 13? (Morin, 1913)

O certo é que dessa peregrinação de cerca de três anos essa mulher satis curiosa nos legou uma preciosa fonte de informações lingüísticas, históricas e litúrgicas.[3]

 

[1] domine sorores (46,4), dominae sorores (46,4), domine uenerabiles (12,7), dominae uenerabiles sorores (3,8), dominae sorores uenerabiles (20,5), dominae animae meae (19,19), dominae, lumen meum (23,10) dominae, lumen meum (23,10); affectio uestra (5,8 – 7,3 – 17,2 – 20,13 – 24,1) uestram affectionem (23,10), uestrae affectioni (23,10).

[2] Há uma tradução da carta em Pétré, 1948, p. 268-274. Esse precioso documento foi objeto de um curso nosso em Língua Latina IV no Instituto de Letras da UFF no 1º semestre de 1974. Traduzimos e anotamos o texto para uma edição bilíngüe que será brevemente divulgada.

[3] Peregr. 16,7: “Communicantes ergo et ibi, gratias agentes Deo semper regressi sumus in Ierusolimam, iter facientes per singulas mansiones, per quas ieramus tres annos”.

[3] Peregr. 17,1: “Item in nomine Dei, transacto aliquanto tempore, cum iam tres anni pleni essent, a quo in Ierusolimam venisse...”