A Franklin Almeida
Eu li os teus Painéis e embevecido
Na leitura por mágico condão,
Os auriverdes sonhos da ilusão
Procuravam-me, após terem partido.
A Musa em ti sagrou seu escolhido,
Deu-te o beijo imortal da inspiração,
– Esse dom que seduz o coração
Inda o mais vil e o mais endurecido.
Ó tu, vate sublime e delicado,
Tu, que com o pincel animas tudo
E vais direito ao ideal sonhado.
A minha admiração inteira tens
Aqui, neste soneto, eu te saúdo,
Seja ele portador de parabéns...
Campelo, 1921