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Eu admiro a existência nos mosteiros
Onde a vida é contínua adoração,
Onde se busca a própria salvação
E se repelem os tramas traiçoeiros.
Eu admiro a existência em reclusão,
Onde da aurora os raios pregoeiros,
Núncios do sol, do dia mensageiros
O frade vão achar em oração.
Mas o que mais me enleva e me extasia
É ver o sacerdote o pão de cada dia
Distribuindo ao pobre do mendigo,
É velo perpassar abençoado
Por esses Himalaias de pecado,
Levando uma alma imácula comigo...
Niterói, 06-09-1921